Novo caso distribuído a Alexandre de Moraes para investigação de delação premiada em processo criminal com colaboração de réu em foro especial.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, informou hoje que o STF (Supremo Tribunal Federal) validou a colaboração premiada do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de envolvimento nos disparos que resultaram na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, no ano de 2018.
A delação de Ronnie Lessa, que foi homologada pelo STF, promete trazer à tona detalhes importantes sobre o caso, contribuindo para as investigações em andamento. A colaboração premiada do ex-policial pode ser crucial para desvendar a verdade por trás desses assassinatos chocantes, trazendo à luz informações até então desconhecidas.
O caso da delação premiada no assassinato de Marielle
O Supremo recebeu recentemente parte da investigação sobre os assassinatos que chocaram o país. Essa parte específica do caso foi distribuída ao ministro Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (13), após tramitar no STJ. O deslocamento para o Supremo é comum quando há envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro na corte nas investigações em andamento.
Em processos criminais, a Constituição Federal determina que os ocupantes de certos cargos tenham seus julgamentos realizados em tribunais específicos, e não por um juiz de primeira instância, como seria o caso em um processo normal. O processo em questão está sob sigilo, sem informações sobre o suposto envolvido que motivou a mudança de instância.
A colaboração premiada de Ronnie Lessa no inquérito
Marielle Franco foi assassinada no centro do Rio de Janeiro, no ano de 2018, em um crime que chocou o país. O veículo em que a vereadora estava, dirigido por Anderson, foi alvejado por 13 tiros. Até o momento, os motivos e os mandantes desse crime brutal ainda são desconhecidos.
Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos, sendo Lessa acusado de ser o autor dos disparos e Élcio de dirigir o veículo no momento do assassinato. Lessa realizou um acordo de delação premiada no inquérito, que agora está em tramitação sob sigilo no STJ.
O avanço nas investigações com a colaboração premiada
A colaboração de Ronnie Lessa trouxe novos rumos para o caso, que estava há cinco anos sem respostas sobre os responsáveis pelo crime. Após seu depoimento, os investigadores passaram a ter novas suspeitas de envolvimento de Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ.
Domingos Brazão, por ter foro especial, teve o inquérito enviado ao STJ em outubro do ano passado. Ele nega veementemente qualquer participação no crime que vitimou a vereadora Marielle Franco.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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