Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, foram presos na Operação Murder por vínculos com milícia e obstrução de justiça.
Na manhã de hoje, 24, três indivíduos foram detidos sob a acusação de mandar matar a vereadora Marielle Franco, em um crime que resultou na morte de seu motorista, Anderson Gomes, há três anos.
Segundo as autoridades, os suspeitos teriam encomendado homicídio por motivos ainda não revelados. As investigações continuam para esclarecer todo o contexto por trás da ordenação do assassinato e garantir que a justiça seja feita.
Operação Murder: Investigação sobre os Mandantes do Assassinato de Marielle Franco
Foram detidos o deputado Federal Chiquinho Brazão, filiado ao União Brasil (cuja prerrogativa de foro levou a investigação ao STF); seu irmão, Domingos Brazão, membro do Tribunal de Contas do RJ, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva na Operação Murder, Inc., realizada pela PGR, MP/RJ e PF.
O foco principal da operação é investigar os possíveis ‘autores intelectuais‘ dos homicídios, mas também são averiguados crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
Mandar Matar: Prisão dos Suspeitos de Ordenar o Assassinato de Marielle Franco
Além das três detenções neste domingo, foram emitidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.
De acordo com informações da TV Globo, entre os alvos estão o delegado Giniton Lages, que estava à frente da Delegacia de Homicídios na época do ataque e um de seus principais subordinados. Os investigadores continuam trabalhando para esclarecer a motivação do crime. A suspeita é de ligação com a expansão territorial da milícia no Rio.
Detenções após Delação de Ronnie Lessa: Revelações dos Mandantes na Operação Murder
As prisões foram efetuadas após a validação da delação de Ronnie Lessa, apontado como o executor do crime e responsável por revelar os mandantes. Os irmãos Brazão têm uma longa carreira política desde os anos 90. Chiquinho Brazão foi vereador do Rio de Janeiro em quatro mandatos, em um coincidindo com o da vereadora Marielle Franco, entre 2017 e sua morte em março de 2018.
Ele foi eleito deputado Federal nas eleições de 2022 e se afastou no final do ano passado para assumir como secretário municipal de ação comunitária no Rio, mas a passagem foi breve e finalizou em fevereiro. Domingos Brazão entrou no Tribunal de Contas do Estado em 2015, após ser deputado estadual desde 1999 até sua entrada na Corte. Rivaldo Barbosa tornou-se chefe da Polícia Civil do Estado do Rio em 13 de março de 2018, um dia antes do assassinato de Marielle.
Ronnie Lessa, em sua delação, teria revelado que os mandantes fazem parte de um grupo político influente no Rio, com diversos interesses em diferentes setores do Estado. Ele teria fornecido detalhes de encontros com eles e indícios sobre as possíveis motivações.
Fonte: © Migalhas
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