O ciclo de juros gerou boom na construção, bloqueio hipotecário e escassez de imóveis, impactando empregos.
O mercado imobiliário tem se mostrado extremamente resiliente mesmo diante de adversidades econômicas, como a crise financeira de 2008. A valorização dos imóveis e a constante procura por residências têm mantido o setor aquecido, mesmo em momentos de instabilidade.
Além disso, as empresas do ramo imobiliário têm investido em tecnologia e inovação para se manterem competitivas no mercado. A digitalização dos processos e a utilização de inteligência artificial têm se mostrado como diferenciais para as empresas que buscam se destacar no setor imobiliário.
Impacto da Política Monetária Restritiva no Mercado Imobiliário
De acordo com especialistas, a tendência natural em um cenário de política monetária restritiva seria um aumento do índice de desemprego, em vez do contrário. Isso ocorre porque as empresas tendem a investir menos e contratar menos, como consequência das medidas do Federal Reserve, o banco central dos EUA.
Contradições no Mercado Imobiliário Americano
A forte recuperação do setor de serviços após a pandemia, observada em todo o mundo, era apontada como a principal razão para a baixa taxa de desemprego nos EUA. No entanto, o economista-chefe do J.P. Morgan para os Estados Unidos, Michael Feroli, destacou que o mercado imobiliário também desempenhou um papel fundamental nesse cenário.
Impacto das Taxas de Juros Elevadas nas Vendas de Casas
Feroli apresentou dados que mostram que as taxas de juros mais altas resultaram em uma queda na atividade de venda de casas nos EUA pós-pandemia, atingindo o maior nível desde 2010. Surpreendentemente, essa queda não afetou o ritmo de construção de novas habitações, que registrou o maior aumento desde 2010.
O Fenômeno do ‘Aprisionamento das Hipotecas’
Segundo o economista-chefe, o ‘aprisionamento das hipotecas’ foi um dos principais responsáveis por essa contradição. Muitos mutuários com hipotecas de taxas ultrabaixas optaram por ficar em suas residências em vez de vendê-las, devido ao aumento significativo das taxas de juros entre 2022 e 2023.
A Escassez Provocada pelo Homem e o Boom na Construção
O mercado imobiliário sofreu com uma escassez de imóveis devido ao bloqueio hipotecário, o que levou a um aumento nas construções de novas habitações. O crescimento das construções ajudou a empregar cerca de 600 mil pessoas no setor da construção civil, beneficiando a economia.
Desafios Futuros para o Mercado Imobiliário
Apesar do impulso nas construções, o economista-chefe ressaltou que ainda há desafios pela frente. Mesmo com uma possível redução nas taxas de hipotecas, a escassez física de imóveis poderá continuar a impactar o mercado imobiliário, demandando uma resposta adequada para garantir seu crescimento sustentável no futuro.
Fonte: @ NEO FEED
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