Aplica-se apenas aos negociantes dos EUA: processo antitruste, redes de cartões, passagem e taxas de furto. Ação judicial pode ser necessária.
Os cartões de crédito Visa e Mastercard são duas das principais formas de pagamento utilizadas em todo o mundo. Ambas as empresas fornecem serviços de processamento de transações online e off-line, permitindo que os consumidores realizem compras de forma rápida e segura em milhares de estabelecimentos.
Além disso, a rede de cartões de crédito formada por Visa e Mastercard é composta por diversos emissores de cartão que oferecem diferentes tipos de benefícios e vantagens aos seus clientes. As transações com cartões Visa e Mastercard são processadas de forma eficiente, garantindo uma experiência de compra conveniente e segura para os consumidores em todo o mundo.
Visa e Mastercard: acordo histórico em um processo antitruste
Duas das maiores redes de cartões de crédito do mundo, Visa e Mastercard, bem como os bancos que emitem cartões com elas, concordaram em fazer um acordo em um processo antitruste de décadas movido por comerciantes. O acordo deverá reduzir em US$ 30 bilhões, ao longo de cinco anos, as taxas de passagem que os comerciantes pagam quando os clientes fazem compras usando seus cartões Visa ou Mastercard, de acordo com um comunicado à imprensa anunciando o acordo na manhã desta terça-feira (26).
Entretanto, nada é considerado finalizado até que receba a aprovação do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Leste de Nova York. Mesmo assim, o caso também pode ser objeto de recurso, o que pode ser uma longa batalha. Normalmente, as taxas de furto custam aos comerciantes 2% do total da transação feita por um cliente, mas podem chegar a 4% para alguns cartões de recompensa premium, de acordo com a National Retail Federation (NRF). O acordo reduziria essas taxas em pelo menos 0,04 ponto percentual por um período mínimo de três anos.
Além disso, o acordo exigiria que a Visa e a Mastercard mantivessem as taxas de swipe que existiam em 31 de dezembro de 2023 por cinco anos. A NRF, um grupo comercial que representa os varejistas, disse à CNN que tem ‘algumas preocupações muito reais’ com o acordo. Leia Mais Burger King dará sanduíche grátis para calvos ‘drive-thru’; veja como participar Latam Brasil amplia em 20% voos de 28 rotas para atender demanda aquecida 25% dos celulares vendidos no Brasil são irregulares, diz Abinee
Impacto no processo de transação com cartões
Embora os comerciantes tenham argumentado há muito tempo que as taxas de swipe os forçam a cobrar preços mais altos, o acordo não necessariamente pouparia dinheiro dos consumidores. Isso porque o acordo dá aos comerciantes a capacidade de impor sobretaxas aos clientes, dependendo do tipo de cartão Visa ou Mastercard que eles usam. Essas sobretaxas atingiriam provavelmente os titulares de cartões que recebem recompensas, como cashback e milhas aéreas, uma vez que essas podem acarretar taxas de furto mais altas.
Por outro lado, alguns portadores de cartão poderiam obter descontos em bens e serviços, uma vez que os comerciantes poderiam fazer acordos com os bancos para eles usarem o que consideram ser um cartão preferencial. Atualmente, os comerciantes que aceitam Visa ou Mastercard têm que aceitar todas as formas de cartões das empresas. Os prêmios que os portadores de cartões Visa recebem atualmente não serão afetados, disse Kim Lawrence, presidente da Visa na América do Norte, em um comunicado na manhã de terça-feira.
Além disso, o acesso dos americanos ao crédito não será mais restrito como resultado do acordo, disse ela. Seth Eisen, porta-voz da Mastercard, disse à CNN que os prêmios e o acesso ao crédito também não serão afetados pelo acordo. No entanto, Jaret Seiberg, analista da TD Cowen, disse em nota nesta terça-feira que o acordo ‘representará uma ameaça às recompensas dos cartões de crédito e aos bancos pequenos.’
Fonte: © CNN Brasil
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