Entidade afirma: crianças e adolescentes vulnervéis a tragédias ambientais, fase sensível de desenvolvimento; cuidado responsivo: saúde mental, pergunte, brincadeiras, calma, evacuar, aceite emoções, simples, retomar rotinas, espaços de brincadeira, cuidar mães, pais e cuidadores, atomos de desenvolvimento, repertório, conversa, apoiar, informações corretas.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), crianças e adolescentes são os mais impactados pelas catástrofes ambientais. Isso ocorre devido à sua fase delicada de desenvolvimento, frequentemente sem recursos para enfrentar as ramificações na saúde mental.
É fundamental que a sociedade se una para proteger crianças e adolescentes, garantindo um futuro mais seguro e saudável para meninas e meninos em todo o mundo. A atenção apropriada e o apoio emocional são essenciais para ajudar crianças e adolescentes a superarem os desafios decorrentes dessas situações adversas.
Como apoiar crianças e adolescentes afetados por tragédias ambientais
Diante da situação atual do Rio Grande do Sul, onde cerca de 90% dos municípios foram impactados por inundações, é crucial oferecer suporte a mães, pais e cuidadores no processo de acolhimento e cuidado com meninas e meninos nessas circunstâncias desafiadoras. Os desastres ambientais podem desencadear o chamado ‘estresse tóxico’, afetando o desenvolvimento saudável e pleno das crianças e adolescentes.
É fundamental que os adultos estejam atentos aos sinais de estresse nas crianças e possam proporcionar um ambiente de apoio e segurança. A fase sensível de desenvolvimento desses pequenos indivíduos requer um repertório adequado para lidar com situações adversas, como as tragédias ambientais.
Ao interagir com as crianças, é recomendado manter a calma e praticar a respiração consciente. As emoções saudáveis são fundamentais nesse processo de acolhimento e cuidado. Durante uma evacuação, é importante explicar de forma simples e realista o que está acontecendo, permitindo que as crianças levem consigo objetos especiais que as reconfortem, como um brinquedo.
Ao conversar com as crianças, é essencial ouvir atentamente o que elas têm a dizer, mesmo que repitam várias vezes suas preocupações. Incentive a expressão de sentimentos e evite reprimir as emoções, pois o choro é uma forma saudável de descarga emocional. Proporcione espaços de brincadeira e estimule atividades criativas, como desenhar, pintar e ouvir música.
Lembre-se de que também é importante cuidar de si mesmo para poder oferecer o apoio necessário às crianças e adolescentes. Compartilhar sentimentos com outras pessoas pode ser reconfortante durante esse processo desafiador. Inclua crianças e adolescentes com deficiência nas atividades e busque maneiras seguras para que todos se sintam parte das soluções.
Oferecer informações corretas e transparentes sobre a situação de crise é essencial para tranquilizar e orientar as crianças. Em momentos de incerteza, estimule a busca conjunta por respostas. Os espaços de brincadeira e a retomada de hábitos rotineiros podem trazer conforto e segurança para os pequenos afetados pelas tragédias ambientais.
Diante da urgência de situações como as chuvas intensas no RS, é crucial garantir o bem-estar e a proteção das crianças e adolescentes, mesmo em contextos desafiadores. A união de esforços para apoiar esses indivíduos vulneráveis é fundamental para promover um ambiente de acolhimento e cuidado em meio às adversidades.
Fonte: @ Estadão
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