A plataforma de locação de veículos captou R$150 mi no início do ano. Nova extensão de rodada, liderada pela Domo VC, apoiará mudança para modelo asset light.
A startup Turbi, especializada em car sharing, anunciou a captação de mais R$ 45,5 milhões em investimentos. Esses recursos fazem parte de uma extensão de rodada de financiamento de R$ 150 milhões realizada no início do ano. Com a liderança da Domo VC nessa nova rodada, a Turbi reforça sua posição no mercado de mobilidade urbana.
O objetivo da Turbi com esse aporte é expandir sua plataforma de locação de veículos para novas cidades do país. Com a crescente demanda por soluções como o car sharing, a empresa busca consolidar sua presença e fortalecer parcerias estratégicas. Com essa injeção de capital, a Turbi está preparada para enfrentar os desafios do mercado de mobilidade de forma inovadora e sustentável. Turbi é sinônimo de inovação e crescimento!
Turbi: Aumento na Demanda por Capital
Durante uma entrevista ao NeoFeed, Daniel Prado, cofundador da Turbi, revelou que o capital adicional será fundamental para apoiar a mudança da estratégia de negócio da plataforma de locação de veículos. A empresa está em transição de um modelo asset light para a posse de carros próprios, o que, segundo Prado, resultará em um aumento na demanda por capital.
Fundada em 2017, a Turbi opera seu serviço de car sharing por meio de um aplicativo, permitindo que os usuários aluguem veículos a qualquer hora do dia em diversos pontos das cidades onde atua. No momento, a operação se restringe ao estado de São Paulo, sem planos imediatos de expansão geográfica.
Com uma frota atual de 5 mil veículos, dos quais 4 mil já são de propriedade da empresa, a Turbi possui automóveis de diversas marcas, como Volkswagen, Nissan, Hyundai e Grupo Stellantis. Para manter uma parte da frota no modelo de sublocação, a empresa utiliza esses veículos como um ‘laboratório’ para testar a demanda por novos modelos antes de adquiri-los definitivamente.
Para adquirir os veículos, a Turbi emprega recursos de diferentes fontes, como uma debênture realizada em 2022 e um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) lançado no ano anterior. Contudo, a empresa precisa reservar uma cota subordinada correspondente a 10% do valor obtido com dívida, como explicou Prado.
Com uma nova captação de aproximadamente R$ 500 milhões planejada para este ano, sendo metade proveniente de um novo FIDC e o restante de outras fontes, a Turbi visa dobrar sua frota até o final do ano. Este investimento será direcionado para a compra de carros próprios, o que, segundo a empresa, resultará em uma margem líquida maior em comparação ao modelo de sublocação.
A empresa estima que um carro próprio gere uma margem líquida média de R$ 1 mil, contra os R$ 200 de um veículo sublocado. Além disso, a Turbi obtém lucro com a revenda dos carros que não são mais utilizados na locação, sendo possível aumentar essa margem em até R$ 1 mil para cada veículo revendido com até 30 mil quilômetros rodados.
Com planos de expandir suas operações de vendas do canal B2B para o B2C, a Turbi se prepara para inaugurar sua primeira loja física, visando comercializar cerca de 130 veículos por mês. A empresa destaca que a loja será mais um showroom do que um grande estoque de veículos, permitindo uma experiência diferenciada para os clientes interessados em adquirir os carros previamente utilizados na locação.
Fonte: @ NEO FEED
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