Os efeitos estéticos podem ser observados de três a seis meses após iniciar o método alternativo de tratamento da acne.
A acne é uma condição dermatológica que afeta muitas pessoas, causando desconforto e impactando a autoestima. Os cravos e espinhas resultantes podem ser dolorosos e persistentes, levando muitos a buscar diferentes formas de tratamento. Alguns indivíduos recorrem a métodos alternativos, como o uso de anticoncepcionais, para lidar com a acne e seus efeitos na pele.
Além dos aspectos físicos, a acne pode estar relacionada a desequilíbrios hormonais que agravam os problemas de pele. Nesses casos, é importante buscar orientação médica para encontrar a melhor abordagem de tratamento. Os cravos e espinhas causados por questões hormonais podem ser tratados de forma eficaz, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida.
Contraceptivos e sua eficácia no tratamento da acne
Os contraceptivos são medicamentos com ação antiandrogênica, que influenciam nas taxas hormonais, reduzindo a oleosidade da pele e prevenindo a formação de cravos e espinhas. Além disso, eles geralmente contêm componentes estrogênicos, como o etinilestradiol, que ajudam a diminuir a testosterona livre, melhorando assim o quadro de acne.
É crucial ressaltar que os anticoncepcionais devem ser prescritos por um ginecologista, levando em consideração fatores como a gravidade da doença, histórico pessoal e familiar, e possíveis contraindicações. O uso inadequado e prolongado desses medicamentos pode acarretar complicações sérias para a saúde.
Quando se considera o uso de anticoncepcionais para acne? Eles não são a primeira opção de tratamento para acne e são recomendados somente quando outras abordagens não surtem efeito ou quando a acne está relacionada a problemas hormonais.
Para mulheres que buscam contracepção, controle do ciclo menstrual e melhora da acne, os contraceptivos que reduzem a testosterona podem ser uma escolha viável. É o que explica Tatiane Boute, ginecologista e obstetra do Fleury Medicina e Saúde.
Opções de anticoncepcionais para acne
Os anticoncepcionais mais utilizados no tratamento da acne são aqueles que contêm progestagênios antiandrógenos e estrogênio, os quais ajudam a reduzir os níveis de testosterona, controlando a oleosidade da pele e melhorando a acne. Além disso, a redução de pelos corporais também pode ser observada com o uso desses contraceptivos.
Dentre os medicamentos mais comuns estão a Drospirenona (Yasmin, Elani 28, Slinda ou Ammy), Ciproterona (Selene, Diclin, Diane 35, Dunia ou Tess), Clormadinona (Belara, Belarina, Liberfem, Amora ou Cherry) e Dienogeste (Qlaira, Allurene, Pietra ED, Kalist ou Diost).
Tatiane ressalta que os efeitos estéticos dos medicamentos podem ser percebidos após três a seis meses de uso, porém, a acne pode retornar ao interromper o contraceptivo.
Efeitos colaterais e contraindicações
Assim como qualquer medicação, os anticoncepcionais podem causar efeitos colaterais, dependendo da composição. Contraceptivos contendo estrogênio e progestagênio podem levar a dores de cabeça, náuseas e até trombose, enquanto os que possuem progestagênio isolado podem resultar em sangramento menstrual irregular.
Antes de iniciar o uso de anticoncepcionais, é essencial passar por uma avaliação clínica e laboratorial para identificar possíveis contraindicações, como hipertensão arterial, diabetes descompensada, tabagismo e histórico de trombose.
Fonte: @ Minha Vida
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