© 2023: mecanismo orçamentário classificado, aliança entre governo, dinâmica de poder, emendas individuais e de bancada, impositivas e de execução obrigatória, empoderamento do baixo clero.
Eram pouco mais de 14h30 de uma quarta-feira quando a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou a leitura de seu voto sobre a legalidade das emendas de relator, mecanismo orçamentário classificado por ela como ‘incompatível com a democracia’. Aquele 14 de dezembro de 2022 marcaria o primeiro capítulo da aliança entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Poder Judiciário, dispostos a retomar a dinâmica de poder que submeteu o Congresso Nacional às vontades do Palácio do Planalto durante os dois mandatos do líder petista. A poucos metros da sede do STF, naquele mesmo instante, as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado reagiram e apresentaram um projeto de resolução para redistribuir os cerca de R$ 30 bilhões do antigo orçamento secreto entre emendas individuais e de bancada, que são impositivas e de execução obrigatória.
Dois dias depois, na tarde de sexta-feira, o Congresso Nacional aprovaria a resolução, que virou uma espécie de ‘Grito do Ipiranga’ do parlamento brasileiro; a consolidação de uma emancipação política entre Legislativo e Executivo, que se iniciou em 2011, com o Código Florestal; passou pelos 452 votos dados, em 2015, à criação das emendas impositivas e ganhou força com o finado Teto de Gastos, gênese das emendas de relator. Se o empoderamento do Congresso por vezes é creditado à figura dos diferentes presidentes da Câmara nos últimos anos, o empoderamento do baixo clero poderá ser atribuído aos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que enterraram as emendas de relator naquele 14 de dezembro. O objetivo dos ministros e do governo Lula pode até ter sido reduzir o poder de Arthur Lira (PP-AL) que, poucos meses antes, fazia campanha em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro.
STF: Mecanismos de Governança Orçamentária e Empoderamento do Legislativo
O Supremo Tribunal Federal, conhecido como STF, desempenhou um papel crucial ao inaugurar um novo modelo político no Brasil. Essa ação pode acelerar a transformação do país em uma nação semipresidencialista de fato. A aliança entre o STF e o Legislativo é fundamental para garantir que os benefícios políticos desse momento não se percam.
A dinâmica de poder entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário é um tema central nesse contexto. O STF, como órgão máximo do Poder Judiciário, tem o poder de influenciar diretamente a estrutura de governança do país. Os mecanismos de governança orçamentária precisam ser aprimorados para acompanhar essa nova realidade.
As emendas individuais e de bancada, bem como as emendas impositivas e de execução obrigatória, desempenham um papel crucial nesse processo. Elas representam uma forma de empoderamento do Legislativo, permitindo que os parlamentares exerçam sua função de fiscalização e controle de forma mais efetiva.
O STF, ao tomar essa decisão histórica, fortalece a democracia brasileira e reforça a importância do equilíbrio de poderes. É essencial que o governo e o Legislativo atuem em conjunto para garantir que essa nova dinâmica seja bem-sucedida. O baixo clero parlamentar também ganha relevância nesse contexto, pois representa uma força significativa no cenário político nacional.
Em suma, a atuação do STF no campo da governança orçamentária é um marco na história do Brasil. Essa decisão representa um avanço significativo na busca por uma maior transparência e eficiência na gestão pública. O empoderamento do Legislativo é essencial para fortalecer a democracia e garantir que o país siga avançando rumo a um futuro mais justo e igualitário.
Fonte: @ CNN Brasil
Comentários sobre este artigo