Equipe de economistas avisa clientes sobre pessimista perspectiva global devido a incertezas em juros dos EUA. Menciona termos: ATA, Copom, grupos, concordam, perspectiva, inflacionária se, deteriorou, divergência, entre majoritário e minoria, probabilidade, manutenção, movimentação, investidores.
Depois da publicação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o Citi identifica riscos de elevação para a projeção da Selic a 10% no término do atual ciclo de flexibilização. O banco ressalta que o documento indica que não houve discordância, entre os integrantes do colegiado, na avaliação de que houve um agravamento das perspectivas inflacionárias.
Essa análise do Citi reflete a preocupação com a possibilidade de corte da Selic e a necessidade de uma flexibilização mais cautelosa, considerando os riscos de pressão inflacionária. A expectativa em torno da próxima reunião do Copom gira em torno da decisão sobre a taxa de juros e a direção do ciclo de flexibilização.
Riscos para a projeção da Selic; e a flexibilização dos juros
Ambos os grupos parecem concordar que o espaço para novos cortes nas taxas de juros é limitado, exigindo uma abordagem dependente de dados já na próxima reunião do Copom, como afirmam os economistas do Citi. Em um relatório direcionado aos clientes, a equipe de economistas do Citi no Brasil, liderada por Leonardo Porto, destaca que a ata do Copom indica um consenso entre todos os membros de que a perspectiva inflacionária se deteriorou desde a última reunião em diversas dimensões.
Eles mencionam a perspectiva global mais adversa diante das incertezas sobre os juros nos Estados Unidos, uma atividade e mercado de trabalho mais fortes do que o esperado, a deterioração das perspectivas fiscais na percepção dos agentes econômicos e a piora das expectativas inflacionárias. A taxa Selic, no centro das discussões sobre a flexibilização dos juros, está sob escrutínio.
O Termômetro do Copom do Valor Investe, que monitora a movimentação dos investidores, revela 56% de chances de mais um corte de 0,25 ponto percentual em junho e 42% de a Selic já ter parado de cair. Para a reunião de julho, a probabilidade de manutenção está em 62%. A divergência entre o grupo majoritário, que votou por um corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, e a minoria que apoiou uma redução de 0,5 ponto, foi discutida na ata, indicando preocupações sobre a credibilidade no compromisso de levar a inflação à meta.
A perspectiva inflacionária se deteriorou, gerando divergências entre os grupos e incertezas sobre a movimentação dos investidores em relação ao ciclo de flexibilização dos juros. A probabilidade de corte ou manutenção da taxa Selic está em foco, enquanto a ata do Copom revela uma discussão intensa sobre os riscos envolvidos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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