Analistas revisam perspectivas do setor de transportes devido ao cenário macroeconômico desafiador. Recomendação é para Vamos e Rumo.
No momento em que o cenário macroeconômico se mostra desafiador, resultando no aumento do custo de capital das empresas, os analistas do J.P. Morgan realizaram um ‘pente fino’ no segmento de transportes e infraestrutura, com revisão das perspectivas para o restante do ano. Como consequência, a equipe de research do J.P. Morgan acabou elevando a recomendação da Vamos de neutro para compra.
Em um movimento estratégico, o banco americano reforçou sua análise no setor, demonstrando expertise e comprometimento com seus clientes. A equipe de research do J.P. Morgan está atenta às oportunidades de investimento, buscando sempre oferecer as melhores orientações para os investidores interessados no mercado de transportes e infraestrutura.
J.P. Morgan: Análise de Azul e Movida
Por outro lado, a equipe de research do J.P. Morgan realizou uma revisão do call de Azul e Movida, alterando de compra para neutro. Essa mudança reflete o cenário macroeconômico desafiador e o aumento de 0,5 ponto percentual do custo de capital para todas as empresas cobertas, incluindo as 11 companhias do universo de pesquisa. Segundo os analistas Guilherme Mendes e Julia Orsi, a decisão de rebaixar os dois nomes [Azul e Movida] foi motivada por valuations ajustados ao risco pouco atrativos e riscos elevados em seus balanços, como a alavancagem elevada e menor fluxo de caixa livre em comparação com outras escolhas do segmento.
J.P. Morgan: Avaliação de Movida
No caso da Movida, houve um corte no preço-alvo de R$ 14,50 para R$ 10,50. Os analistas do J.P. Morgan destacam que as ações estão sendo negociadas a múltiplos P/E de 10,6 vezes e 6,9 vezes para 2024 e 2025, respectivamente, representando descontos de 30% a 40% em relação à Localiza. A alavancagem financeira e o perfil de caixa da empresa são considerados menos favoráveis, especialmente com os juros de longo prazo em alta.
J.P. Morgan: Revisão de Azul
A Azul também teve seu preço-alvo reduzido pelo J.P. Morgan, de R$ 24,50 para R$ 19. Os analistas ressaltam que os múltiplos EV/Ebitda em que as ações são negociadas para 2024 e 2025, de 4,9 vezes e 4,5 vezes, respectivamente, representam um prêmio médio de 10% em relação aos concorrentes do segmento. O banco considera essa avaliação ‘imerecida’, dada a posição mais favorável da Copa Airlines e da Latam em termos de fluxo de caixa livre e passivos financeiros.
J.P. Morgan: Perspectivas para Vamos
Na Vamos, a expectativa é de uma melhora nos resultados, revertendo a recomendação neutra feita anteriormente pelos analistas. Apesar de um segundo trimestre fraco, a empresa começa a demonstrar maior visibilidade de números positivos, aproveitando o aumento do movimento de terceirização de frota no país. O J.P. Morgan destaca que o P/E para 2025 está em cerca de 8,3 vezes, abaixo da média histórica da empresa e de outras locadoras de veículos. O preço-alvo das ações da Vamos foi mantido em R$ 13,50, refletindo a visão otimista dos analistas.
J.P. Morgan: Destaques no Segmento de Transportes
Apesar da melhora na avaliação da Vamos, a empresa não se tornou uma top pick do J.P. Morgan no segmento de transportes. A preferência dos analistas recai sobre a Santos Brasil, cujo preço-alvo foi elevado de R$ 16,50 para R$ 17, mantendo a recomendação de compra. A equipe destaca que a Santos Brasil está melhor posicionada em termos de fluxo de caixa livre e passivos financeiros, em comparação com outras empresas do setor.
Fonte: @ NEO FEED
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