Entidade propôs medidas ao BC e governo para fortalecer o crédito imobiliário, com expectativa de aprovação de medida provisória.
Diminuir os depósitos compulsórios em 5 pontos percentuais na poupança pode resultar em uma injeção de R$ 37 bilhões de ‘funding’ para o setor de financiamento imobiliário no Brasil. Essa proposta foi levada ao Banco Central pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) no final do ano passado, visando impulsionar ainda mais o mercado.
Os depósitos compulsórios são instrumentos importantes para regular a economia, mas ajustes pontuais podem trazer impactos positivos em setores-chave, como o imobiliário. Nesse sentido, a flexibilização dessas reservas obrigatórias pode estimular a circulação do capital em áreas específicas, contribuindo para o crescimento econômico do país. Reduções estratégicas nos depósitos compulsórios podem abrir novas oportunidades e dinamizar diversos segmentos financeiros.
Depósitos Compulsórios e o Financiamento Imobiliário
Paralelamente, a entidade tem mantido diálogos com o governo federal nas últimas semanas, buscando formas de fortalecer o crédito para o setor imobiliário no médio e longo prazos. Existe a expectativa de que nos próximos dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assine uma medida provisória (MP) com propostas específicas para o setor.
‘No curto prazo, a potencial liberação de compulsórios teria um impacto muito positivo’, destaca Sandro Gamba, presidente da entidade. Os depósitos compulsórios, arrecadados pelo Banco Central por meio de alíquotas sobre recursos captados pelas instituições financeiras, desempenham um papel fundamental como reserva de liquidez para o sistema bancário em momentos de instabilidade, além de regular a oferta e a procura por crédito.
Em fevereiro, esses recursos compulsórios somavam R$ 620,2 bilhões, de acordo com dados históricos da autoridade monetária. Já em março de 2020, o montante era de R$ 354,9 bilhões. Naquela época, antes da implementação de medidas de estímulo durante a pandemia, o Banco Central vinha seguindo uma agenda de redução gradual desses recursos compulsórios.
O Impacto dos Depósitos Compulsórios no Setor Imobiliário
A questão dos depósitos compulsórios é estratégica para o financiamento imobiliário e para a economia como um todo. A possibilidade de liberação desses compulsórios representaria um impulso significativo para o setor, permitindo uma maior disponibilidade de crédito e estimulando a atividade econômica.
A expectativa em torno da assinatura da medida provisória pelo presidente Lula gera otimismo entre os agentes do mercado imobiliário. A discussão sobre as propostas para o setor, incluindo a potencial liberação de depósitos compulsórios, sinaliza um esforço do governo em fortalecer o crédito e fomentar o crescimento econômico.
É importante destacar que a gestão dos depósitos compulsórios pelo Banco Central tem um impacto direto na liquidez do sistema financeiro e, consequentemente, nas condições de financiamento disponíveis para o mercado imobiliário. Qualquer alteração nesse mecanismo pode influenciar significativamente a dinâmica do setor.
Depósitos Compulsórios: Balanço e Perspectivas
A manutenção ou liberação de depósitos compulsórios é uma medida que demanda equilíbrio, levando em consideração a necessidade de garantir a estabilidade do sistema financeiro e ao mesmo tempo incentivar a concessão de crédito para impulsionar a economia. O presidente Lula, ao avaliar as propostas que envolvem os compulsórios, busca encontrar um ponto de equilíbrio que beneficie tanto os setores financeiro quanto imobiliário.
A gestão eficaz dos depósitos compulsórios é essencial para a regulação do mercado de crédito e a manutenção da estabilidade econômica. A adoção de medidas como a liberação desses compulsórios pode ser um instrumento importante para estimular o crescimento do financiamento imobiliário e fortalecer a economia como um todo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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