Promotora Fani Willis do Estado da Geórgia teve relação amorosa com Nathan Wade, nomeado por ela para liderar o caso. Conflito de interesses revelado com tática de Donald Trump.
A promotora Fani Willis, que ganhou destaque ao acusar o ex-presidente Donald Trump por tentativa de interferência nas eleições de 2020 na Geórgia, conseguiu autorização para se manter à frente do caso mesmo com a polêmica envolvendo seu ex-namorado na equipe.
Fani Willis, a promotora que não se deixou abalar pelas tentativas de interferência, continua firme em sua busca pela verdade e justiça, mostrando sua determinação em conduzir o processo de forma imparcial e transparente.
Promotora Fani Willis processa tentativa de interferência na eleição
Fani processou Donald Trump e outras 14 pessoas por tentar reverter os resultados da votação para presidente em 2020, vencida por Joe Biden no Estado da Geórgia. A Procuradora do distrito Fani Willis é a principal responsável por levar adiante essa investigação.
✅ Inscreva-se para receber mais notícias sobre o caso Em janeiro, um dos acusados solicitou o afastamento de Fani do caso alegando que o principal investigador, Nathan Wade, com quem Fani teve uma relação amorosa, não poderia atuar de forma imparcial. Documentos do divórcio de Fani comprovam que ela aceitou passagens pagas pelo advogado.
O código de ética do estado e do país foram questionados nesse caso, pois a suposta relação amorosa entre Fani e Wade poderia configurar um conflito de interesses. Trump e seus aliados têm utilizado essa questão como estratégia para prolongar o julgamento, conforme a tática recorrente do ex-presidente na Justiça.
Decisão da Justiça sobre o caso de Fani Willis
O juiz Scott McAfee determinou que Fani pode continuar à frente do caso, contanto que Nathan Wade se afaste. McAfee defendeu que não há provas suficientes de conflito de interesses, mas criticou o comportamento inadequado da Procuradora do distrito.
Posicionamento dos réus na Geórgia
Quatro réus se declararam culpados de acusações menores e receberam penas reduzidas, enquanto Trump alega inocência na tentativa de reverter os resultados eleitorais. A margem de vitória de Biden sobre Trump na Geórgia foi de 12.000 votos.
Junto a Trump, outros acusados incluem seu ex-advogado Rudy Giuliani e seu último chefe de gabinete Mark Meadows.
O futuro do caso de Fani Willis
Apesar de Fani permanecer no processo, a história com seu ex-namorado pode influenciar a percepção dos jurados. Tanto Fani quanto Trump têm o direito de recorrer da decisão do juiz McAfee, o que poderia atrasar ainda mais o julgamento.
Por outro lado, o Senado estadual está analisando possíveis conflitos de interesses no caso, e uma comissão de legisladores poderia investigar e eventualmente destituir promotores, incluindo Fani Willis.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo