Matilda Welin trocou voos de longa distância por cicloturismo de Londres até Suécia, reduzindo emissões e incentivando o dotwatching.
Antes da popularização dos carros movidos a gasolina, os viajantes percorriam lentamente as estradas do país. A viagem, naquela época, era uma experiência única e cheia de surpresas. Hoje, o mundo parece menor. Posso morar em São Paulo, no Brasil, e fazer viagens de negócios para o Rio de Janeiro com frequência, sem grandes dificuldades.
Apesar da facilidade de deslocamento atual, a jornada ainda reserva momentos de descoberta e emoção. Cada percurso, por mais curto que seja, traz consigo a promessa de novas experiências e aprendizados. A viagem, seja ela longa ou curta, sempre nos presenteia com memórias inesquecíveis. combustível
Uma jornada sustentável de viagem de longa distância
E, assim, ter o melhor dos dois mundos. Se não fosse por uma coisa: o clima. As emissões liberadas nos voos significam que viajar de avião está entre as coisas mais intensivas em carbono que a maioria das pessoas provavelmente vai fazer na vida. Na tentativa de evitar essas emissões, experimentei deslocar-me de balsa e trem entre o Reino Unido e a Suécia por mais de uma década. Mas o avião é quase sempre a opção mais barata. E o ciclismo? Pedalar é uma das maneiras mais sustentáveis e baratas de percorrer curtas distâncias.
O transporte de veículos movidos a combustível de aviação é uma das principais preocupações quando se trata de viagens de longa distância. As emissões liberadas nos voos de longa distância têm um impacto significativo no meio ambiente. No entanto, o cicloturismo de longa distância continua sendo uma opção popular de viagem, especialmente com a ascensão do ‘dotwatching’, que permite aos espectadores acompanharem corridas de ‘bikepacking’ do conforto de casa.
Para testar se o cicloturismo poderia ser uma opção viável para viagens de longa distância, em junho de 2024, embarquei em uma jornada de 1.500 km de Londres até a Suécia ao longo de 17 dias. Minha viagem de bicicleta começou de forma inusitada, no sofá da minha casa.
Enquanto muitas pessoas consideram impraticável viajar longas distâncias de bicicleta, eu estava determinada a tornar isso uma realidade. Planejei meticulosamente cada etapa da minha jornada, pesquisando os melhores percursos, pontos turísticos e cidades para visitar. Optei por hospedagens espaçadas a cada 100 km, com a flexibilidade de cancelamento em caso de imprevistos.
Além disso, foquei no equipamento necessário para a viagem. Comprei bolsas de alforges para armazenar minha bagagem, incluindo roupas, artigos de higiene pessoal, ferramentas de reparo de bicicleta e itens essenciais como cartão de crédito e passaporte. Com tudo pronto, embarquei nessa jornada de auto-descoberta e aventura.
Durante a preparação, dediquei tempo ao treinamento físico e mental, garantindo que estivesse preparada para os desafios que encontraria pelo caminho. A viagem de bicicleta não era apenas uma forma de deslocamento, mas sim uma jornada de superação e conexão com a natureza.
À medida que me aproximava da data de partida, a ansiedade e a empolgação se misturavam, criando uma sensação única de antecipação. Estava pronta para embarcar nessa incrível jornada de viagem de longa distância, pedalando rumo ao desconhecido com coragem e determinação.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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