Nova lei garante atenção integral a pessoas com determinadas condições, criando um Estatuto Nacional de Política de Cuidado Integral. Comissão interministerial liderada por líderes civis, desenvolverá diagnóstico e tratamento. Não-profissionais cuidadores, programas de apoio e tecnologias relacionadas. Permanente política pública, apoio do poder público. Nova etapa do Plano Nacional em tratamento e cuidados.
O Congresso Nacional aprovou o Plano Nacional de Cuidados Integrados para Pessoas com Demências, uma iniciativa que visa garantir atenção especial e cuidados completos para aqueles que enfrentam desafios relacionados à demência. Neste contexto, o Brasil se compromete a estabelecer uma comissão interministerial, composta por representantes da sociedade civil e especialistas, com o objetivo de elaborar um Estatuto que assegure o amparo necessário para os indivíduos com demência e seus entes queridos.
A implementação do Plano Integrado de Cuidados é fundamental para promover a dignidade e a qualidade de vida das pessoas com demência. Além disso, a criação de uma Política de Cuidados abrangente demonstra o compromisso do país em oferecer suporte e assistência adequados para essa parcela da população. O Plano de Amparo proposto visa não apenas cuidar dos sintomas da demência, mas também garantir apoio emocional e social para os pacientes e suas famílias, fortalecendo assim a rede de cuidados no Brasil.
Plano Nacional de Cuidados Integrados para Pessoas com Demências: Compromisso e Implementação
O Plano Nacional de Cuidados Integrados para Pessoas com Demências agora aguarda a sanção do presidente Lula. É importante destacar que a proposta de lei surgiu de uma mobilização da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer), Febraz (Federação Brasileira das Associações de Alzheimer) e outras entidades que defendem os direitos das pessoas afetadas por demências. A inclusão desse projeto na agenda prioritária demonstra o comprometimento dos legisladores com a saúde e o bem-estar dessa população.
A lei não só aprimora o diagnóstico e o tratamento, mas também fortalece o suporte aos cuidadores não profissionais, que desempenham um papel vital no atual contexto de saúde. Como ressalta a geriatra e presidente da ABRAz, Celene Pinheiro, a próxima etapa envolve a execução prática das diretrizes propostas.
Estima-se que o Brasil inicie 2025 com um Plano Nacional de Cuidados Integrados para Pessoas com Demências implementado, marcando assim uma nova fase nos cuidados das pessoas que lidam com essas condições cognitivas. Até 2050, espera-se que o número de pessoas afetadas chegue a 6 milhões, devido ao envelhecimento da população – sem contar as subnotificações.
Celene Pinheiro destaca a importância de diagnosticar as demências em estágios iniciais para que as intervenções disponíveis possam ser aproveitadas e para que as pessoas possam se preparar para o futuro. A ABRAz salienta que o Brasil se comprometeu com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a desenvolver um Plano Nacional de Cuidados Integrados para Pessoas com Demências até 2025.
É crucial reconhecer que as demências não são condições raras e, portanto, não devem ser negligenciadas em suas particularidades ou tratadas como problemas de menor prevalência. A lei ajudará a incorporar novas tecnologias relacionadas ao diagnóstico e tratamento da Doença de Alzheimer, facilitando a criação de uma política pública permanente e participativa do poder público. Isso garantirá um olhar contínuo para os cuidadores, independentemente das mudanças de governo, e um financiamento específico para as necessidades.
Além disso, a legislação dará voz às pessoas afetadas por demências e seus familiares, assegurando uma melhor assistência aos idosos carentes que vivem em Instituições de Longa Permanência (ILPI) pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), por meio de programas de amparo. O Plano Nacional de Cuidados Integrados para Pessoas com Demências representa um marco importante na busca por uma abordagem abrangente e humanizada para lidar com essa questão de saúde pública.
Fonte: @ Veja Abril
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