País europeu na 210ª posição do ranking da Fifa fará dois amistosos com São Cristóvão e Névis. Busca segundo triunfo de sua história.
A equipe que ocupa a última posição do ranking da Fifa está confiante de que, hoje, tem uma excelente oportunidade de alcançar um feito que tanto almeja. San Marino enfrentará São Cristóvão e Névis em um amistoso, buscando obter uma vitória que não conquista há duas décadas. Uma possível conquista representaria o segundo triunfo em 203 partidas já disputadas pela seleção.
O time de San Marino tem a firme convicção de que, com determinação e trabalho árduo, poderá celebrar um sucesso após tanto tempo sem vitórias. A busca incansável pela vitória é uma prova do esforço e comprometimento dos jogadores em alcançar um novo patamar de conquista no futebol internacional.
Vitória em batalha: O desafio de San Marino no cenário do futebol mundial
Pequeno território dentro da Itália, San Marino tem cerca de 33 mil habitantes e é o quinto menor país do mundo. A população de Copacabana, bairro do Rio de Janeiro, é quase cinco vezes maior.
A equipe da minúscula nação europeia é a 210ª colocada do ranking da Fifa. Rival nesta quarta e no próximo domingo, o time do arquipélago caribenho São Cristóvão e Névis está na posição 147. Mas tem um histórico maior de triunfos: só em 2023 foram três vitórias. San Marino perdeu 193 dos 202 jogos que disputou.
Desafios de San Marino: Buscando o caminho para a conquista
A única vitória de sua história foi em um amistoso contra Liechtenstein, por 1 a 0, em abril de 2004. Maior artilheiro da seleção, com oito gols, Andy Selva fez aquele gol histórico.
San Marino em sua história:
202 jogos
193 derrotas
8 empates
1 vitória
825 gols tomados
31 gols marcados
De lá para cá, duas décadas se passaram, San Marino disputou 136 partidas, sofreu 556 gols e fez apenas 19 no período. O atacante Matteo Vitaioli, de 34 anos, é o jogador com mais partidas por San Marino.
Atua pela seleção há quase 17 anos. E nunca comemorou uma vitória. A pior lembrança foi a partida contra a Holanda em 2011, que terminou 11 a 0. Já eram oito ou nove e ainda faltava muito tempo e me lembro da torcida incentivar a Holanda para ver mais gols – disse Vitaioli, em entrevista ao canal britânico BBC.
San Marino em busca do triunfo: O desafio de superar as barreiras da derrota
Vitaioli tem 89 partidas por San Marino e um gol: marcado contra a Lituânia, em 2016. Ele esteve nas 10 derrotas da seleção no Grupo H das eliminatórias da Euro, com 31 gols sofridos e apenas três marcados. O atacante, porém, acredita que o time tem chances contra São Cristóvão e Névis.
– Significaria fazer parte da história da seleção do meu país, por isso é o principal objetivo. Representa uma oportunidade de deixar uma marca, algo que não pode ser perdido. Seria algo que em 2050 e depois seria lembrado, porque houve tão poucas vitórias – diz o atacante, à BBC. A liga local é amadora. Vitaioli, por exemplo, é designer gráfico.
Triunfos consecutivos: O impulso final para o sucesso de San Marino
Mas o orgulho por representar a seleção nunca desanima os jogadores. Mesmo com seguidas derrotas por mais de dois dígitos ao longo dos anos. Aliás, o grupo tenta celebrar pequenas conquistas… como um gol. Um único gol. E assim foi contra a Dinamarca, em outubro do ano passado. Na derrota por 2 a 1 para a seleção semifinalista da última Euro, San Marino fez o seu primeiro gol em dois anos.
E atingiu uma sequência recorde de gols em três partidas seguidas: balançaram a rede na derrota por 3 a 1 para Cazaquistão e por 2 a 1 contra a Eslovênia. A pior seleção do mundo se sente mais confiante. E é esse impulso final que o técnico Roberto Cevoli, anunciado no início deste ano, quer dar ao time para os próximos amistosos. – Quero sonhar sem limites.
Estou plenamente consciente dos problemas que a seleção tem de superar de forma diferente das outras seleções, mas espero continuar o progresso que tem mostrado. Se conseguirmos começar com uma vitória, será uma grande conquista. Seria ótimo para a autoestima dos jogadores, da comissão técnica e do ambiente do futebol em San Marino – diz Cevoli, à BBC.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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