Requerimento de abertura de CPI para investigar abuso sexual envolvendo padre em SP. Votação na Câmara Municipal na próxima semana. Provando crimes com provas contundentes.
O pedido de abertura de uma CPI que investiga o padre Júlio Lancellotti, protocolado pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), foi uma ação que gerou repercussão na Câmara Municipal de São Paulo. A votação do requerimento está prevista para a próxima semana, onde será necessário alcançar 28 votos favoráveis entre os 55 vereadores para que a comissão seja instalada.
O requerimento para investigar o reverendo Júlio Lancellotti, feito pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), está gerando debates na Câmara Municipal de São Paulo. É importante garantir transparência e imparcialidade durante todo o processo, respeitando os princípios da democracia e da justiça. Portanto, a votação que decidirá sobre a abertura da CPI será um momento crucial para a manifestação da vontade dos representantes do povo paulistano.
Padre Júlio Lancellotti: Investigação para apurar conduta do pároco
Rubinho afirma que o objetivo é ‘apurar a dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo’. O vereador vem dizendo que há provas contundentes contra o religioso.
Júlio Lancellotti sempre negou as acusações. No começo desta semana, Rubinho alterou o escopo da CPI, que antes mirava apenas as ONGs que atuam na região central da cidade.
De acordo com ele, tais entidades recebem dinheiro público e exploram os dependentes químicos. Inicialmente, o vereador listava como dois alvos principais o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, e o coletivo A Craco Resiste.
Ambos prestam auxílio à população de rua e dependentes químicos no centro da capital. Com a mudança no escopo, o vereador irá direcionar o foco das investigações para Lancellotti, mas diz que não poupará as entidades. ‘O escopo foi ajustado para que a Comissão tenha segurança jurídica para investigar crimes sexuais praticados no âmbito das ONGs que atuam com pessoas vulneráveis, mas ainda mantendo a essência da CPI’, disse Rubinho. Segundo o vereador, há dois depoimentos de possíveis vítimas do religioso.
Para convencer os parlamentares sobre a necessidade de apurar a conduta do padre, Nunes e Milton Leite, presidente da Câmara, enviaram um vídeo que mostra um homem se masturbando durante uma conversa pela internet. O material não tem autenticidade comprovada. Lancellotti diz se tratar de conteúdo adulterado. O mesmo vídeo também foi compartilhado em 2020, quando Arthur do Val, então candidato à Prefeitura de São Paulo, fez denúncia à Igreja Católica.
Na ocasião, a igreja arquivou a investigação. Em fevereiro deste ano, a Arquidiocese afirmou que abriu nova investigação para apurar a conduta do pároco, após tomar conhecimento de um ‘suposto novo fato de abuso sexual’. O padre sempre rebateu as acusações e disse na ocasião, em nota, que ‘as imputações surgidas recentemente – assim como aquelas que sobrevieram no passado – são completamente falsas, inverídicas’ e que ele tem ‘plena fé que as apurações conduzidas pela Arquidiocese esclarecerão a verdade dos fatos’.
O regimento da Câmara permite a realização de até cinco CPIs simultaneamente. Hoje, estão em andamento as CPIs da Enel, da Violência contra Mulher e de Furtos de Fios e Cabos.
Requerimento para abertura de uma CPI envolvendo Padre Júlio Lancellotti
Rubinho reitera que é fundamental abrir uma CPI para investigar os crimes contra a dignidade da pessoa humana, especialmente relacionados a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres contra aqueles em situação de vulnerabilidade. O vereador alega que existem provas contundentes contra o padre Júlio Lancellotti, embora este sempre tenha negado as acusações.
Recentemente, Rubinho ampliou o escopo da CPI, que inicialmente estava focada nas ONGs que operam na região central da cidade. O vereador argumenta que essas entidades recebem financiamento público e exploram os indivíduos em situação de vulnerabilidade, incluindo dependentes químicos. Antes, a CPI tinha como principais alvos o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto e o coletivo A Craco Resiste, que atuam no auxílio da população de rua e dependentes químicos no centro de São Paulo.
Com a modificação do escopo, Rubinho pretende concentrar as investigações em torno do Padre Júlio Lancellotti, sem deixar de lado as entidades envolvidas. ‘A alteração no escopo visa garantir que a Comissão tenha respaldo jurídico para apurar os crimes sexuais cometidos no ambiente das ONGs que lidam com pessoas vulneráveis, mantendo o propósito original da CPI’, explicou o vereador. Segundo ele, há relatos de duas possíveis vítimas do padre.
Para convencer os parlamentares sobre a importância de investigar a conduta do religioso, Nunes e Milton Leite, presidente da Câmara, encaminharam um vídeo que mostra um homem se masturbando durante uma conversa online. O conteúdo não foi autenticado. Lancellotti afirma que o vídeo foi manipulado. A mesma gravação foi divulgada em 2020, quando o então candidato à Prefeitura de São Paulo, Arthur do Val, denunciou a Igreja Católica.
Na época, a igreja arquivou a denúncia. Em fevereiro deste ano, a Arquidiocese anunciou que uma nova investigação seria aberta para apurar a conduta do padre, após surgir uma ‘suposta nova acusação de abuso sexual’. Lancellotti sempre refutou as acusações e, em comunicado, declarou que ‘as alegações recentes – bem como as antigas – são inteiramente infundadas e falsas’ e que acredita plenamente que as investigações realizadas pela Arquidiocese esclarecerão a verdade.
O regimento da Câmara possibilita até cinco CPIs simultâneas. Atualmente, estão em curso as CPIs da Enel, da Violência contra Mulher e de Furtos de Fios e Cabos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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