O clube de futebol do Manchester United está em turbulência. A competição mais rica se torna uma batalha tortuosa nos tribunais.
Jim Ratcliffe, o bilionário coproprietário do Manchester United, expressou preocupação com a Premier League, alertando que as decisões tomadas pelas autoridades da liga podem prejudicar a competição de futebol mais lucrativa do mundo. Em uma recente declaração, Ratcliffe ressaltou a importância de equilibrar os interesses financeiros com a paixão pelo esporte, afirmando que é fundamental manter a integridade da Premier League.
Além disso, Ratcliffe destacou a necessidade de promover uma gestão eficiente na liga inglesa, garantindo que as decisões sejam tomadas levando em consideração tanto os aspectos comerciais quanto o desenvolvimento do futebol. O bilionário enfatizou a importância de manter um equilíbrio saudável entre os interesses financeiros e a qualidade do espetáculo oferecido aos fãs, visando preservar a essência da Premier League no cenário esportivo internacional.
Desafios na Premier League e a Batalha do Manchester United
Se não houver cuidado, a Premier League corre o risco de se envolver em mais questões judiciais do que em melhorias para a liga. Já se passaram cerca de seis meses desde que Ratcliffe emergiu vitorioso de uma batalha complexa para adquirir 28% do Manchester United, um clube que já foi o principal ativo do futebol inglês e ainda figura entre os maiores do mundo.
O coproprietário do Manchester United deparou-se com um cenário de clube em turbulência e uma Premier League em completo caos após finalizar seu acordo de US$ 1,5 bilhão. Apesar da recente conquista da Copa da Inglaterra contra o arquirrival Manchester City, o clube tem sido alvo de críticas nos últimos meses, com notícias desfavoráveis sobre o treinador, jogadores de destaque e um estádio em estado lastimável dominando a cobertura do que já foi uma potência no país.
Enquanto a competição inglesa de futebol passa por uma fase tortuosa, a propriedade dos clubes por investidores dos Estados Unidos ao Golfo Pérsico, suas finanças e a governança da liga estão sob crescente escrutínio por diversas autoridades. Ratcliffe, em uma entrevista abrangente de seu reduto em Mônaco, expressou sua oposição ao futuro órgão regulador do futebol no Reino Unido, discutiu seus planos de investimento e a longa jornada que será necessária para reerguer o clube possivelmente mais famoso do planeta.
‘Há margem para aprimoramentos em todos os aspectos do Manchester United, e vamos trabalhar para melhorar tudo’, afirmou ele. ‘Nosso objetivo é alcançar o patamar do Real Madrid, mas isso demandará tempo.’ Desde que assumiu o controle das operações futebolísticas do clube, Ratcliffe tem buscado cortar custos, como o cancelamento dos cartões de crédito corporativos para executivos de alto escalão e o fim de uma política flexível de home office.
Enquanto ele lida com as questões internas do clube, a Premier League enfrenta seus próprios desafios. Parlamentares de diferentes espectros políticos têm clamado pela criação de um órgão regulador do futebol, e clubes têm sido punidos por violações das regras do fair play financeiro. O Manchester City, atual tetracampeão inglês, questionou a legalidade das Transações com Partes Associadas da Premier League, regulamentações que visam evitar acordos de patrocínio inflacionados com empresas ligadas aos proprietários.
O Manchester City, envolvido em mais de cem supostas violações do fair play financeiro ao longo de uma década, conta com o apoio de Abu Dhabi desde 2008 e mantém diversos acordos com a Etihad Airways, empresa aérea pertencente a um fundo soberano de Abu Dhabi. ‘Compreendo por que estão contestando isso’, comentou Ratcliffe. ‘É compreensível que defendam um mercado aberto e livre concorrência.’
Fonte: @ Info Money
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