Acusados de usar máquina pública para eleger-se em 2022: abuso de poder, políticos irregulares, folhas de pagamento, escândalo de recursos públicos, milhares de recrutados, interesses pessoais esquemáticos, perpetuação, Estado estruturado, vitórias eleitorais.
O pedido de cassação do governador Cláudio Castro, do vice-governador Thiago Pampolha e do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, feito pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (novembro 7), destaca as acusações de abuso de poder político e econômico, bem como irregularidades nas folhas de pagamento da Fundação Ceperj e da Uerj no ano de 2022.
As acusações de irregularidades levaram à possibilidade de remoção forçada de cargo dos envolvidos, caso a cassação seja efetivada. A situação demonstra a importância da apuração rigorosa dos fatos, garantindo a transparência e a responsabilidade nos cargos públicos. A decisão sobre a cassação dos líderes políticos envolvidos caberá agora às instâncias competentes, seguindo os trâmites legais estabelecidos.
Procuradoria Regional Eleitoral pede cassação de políticos por abuso de poder
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-RJ) não poupou esforços ao requerer a cassação e inelegibilidade de Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar por oito anos a partir das eleições de 2022. A cassação foi fundamentada no uso eleitoral da máquina pública e de servidores temporários como cabos eleitorais da chapa de Castro e de políticos aliados do governo. Neide Cardoso de Oliveira e Flávio Paixão, procuradores regionais eleitorais, enfatizaram em um extenso documento de 117 páginas que houve o escoamento de recursos públicos para promover candidaturas e garantir votos, visando interesses pessoais esquemáticos e a manutenção de políticos no poder.
O esquema, segundo a PRE-RJ, teve como claro objetivo a utilização indevida da estrutura do Estado do Rio de Janeiro para favorecer políticos, ultrapassando o interesse coletivo. O suposto recrutamento de milhares de cidadãos fluminenses em projetos de instituições como a Fundação Ceperj e a Uerj teria sido parte desse mecanismo de abuso de poder.
Solicitação de cassação de seis investigados
Além de Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar, a procuradoria também demandou a inelegibilidade por oito anos de outros seis envolvidos, incluindo o deputado estadual Léo Vieira, os deputados federais Aureo Ribeiro e Max Lemos, além de autoridades como o secretário de Governo, Bernardo Rossi. O pedido de cassação estendeu-se a Gutemberg de Paula Fonseca e Marcos Venissius da Silva Barbosa, mesmo sem mandato parlamentar.
Segundo a PRE-RJ, os 12 réus, entre políticos e gestores públicos, se valeram da estrutura estatal para assegurar suas vitórias eleitorais em 2022. Os procuradores ressaltam a importância de coibir práticas que coloquem em risco a lisura do processo democrático.
Defesas buscam contestar acusações
Em resposta às acusações, as defesas dos acusados argumentam que não houve provas concretas de irregularidades. Cláudio Castro, através de sua defesa, reiterou que tem colaborado com as investigações e confia na Justiça Eleitoral para esclarecer os fatos. Ademais, o governador determinou o encerramento dos projetos da Fundação Ceperj, passando por um processo de reestruturação.
Por outro lado, Rodrigo Bacellar afirmou que as acusações se baseiam em reportagens jornalísticas, sem apresentação de evidências concretas de conduta imprópria. Até o momento, os demais citados não se pronunciaram sobre as solicitações de cassação e inelegibilidade feitas pela Procuradoria Regional Eleitoral.
Fonte: @ Agencia Brasil
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