Documento revela dados do período 2018-2022 sobre infância, mortes neonatais, ONG, desenvolvimento sustentável no primeiro parágrafo.
É preocupante a disparidade na taxa de mortalidade das crianças indígenas menores de quatro anos em comparação com o restante da população infantil brasileira. Essa desigualdade reflete a urgência de ações e políticas públicas voltadas para a proteção e o cuidado dessas crianças indígenas. É essencial garantir o acesso a serviços de saúde de qualidade e respeito às diferentes culturas e tradições indígenas para melhorar essa realidade.
Para combater a alta taxa de mortalidade entre as crianças indígenas, é fundamental promover iniciativas específicas que atendam às necessidades das crianças nativas e respeitem suas tradições. As comunidades tribais e organizações que trabalham com crianças autóctones devem ser fortalecidas para garantir o bem-estar desses pequenos. A proteção da vida e do futuro das crianças indígenas deve ser uma prioridade em nosso país.
Preocupações com as Crianças Indígenas e o Desenvolvimento Sustentável
O relatório final de um estudo realizado pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI), uma organização não governamental que colabora com diferentes áreas de pesquisa e instituições científicas, revelou dados preocupantes sobre a infância do país. Divulgado recentemente, o documento analisou informações entre 2018 e 2022, destacando a situação das crianças indígenas.
Nos últimos anos dessa série, a taxa de mortalidade de crianças indígenas com até quatro anos foi alarmante. Para cada mil nascidos vivos entre os povos indígenas, 34,7 crianças perderam suas vidas em 2022, o que representa mais que o dobro da média nacional. Enquanto isso, para crianças não indígenas, a taxa foi de 14,2 mortes por mil nascidos vivos no mesmo ano.
Essa disparidade é uma constante ao longo dos anos, com a mortalidade entre as crianças indígenas sempre ultrapassando em grande escala a das demais populações. Mesmo em anos com menor diferença, como em 2020, a taxa de mortalidade ainda é significativamente mais alta entre os indígenas.
Os dados expõem uma realidade preocupante: as crianças indígenas vivem em condições desfavoráveis, distantes das metas estabelecidas pela Agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável. Enquanto as crianças não indígenas já alcançaram a meta estabelecida para a redução da mortalidade infantil, as crianças indígenas do Brasil ainda enfrentam desafios significativos nessa área.
A meta da Agenda 2030 para a mortalidade de crianças menores de cinco anos é de menos de 25 mortes por mil nascidos vivos. Infelizmente, os dados revelam que essa meta ainda não foi atingida entre a população indígena do país.
Desafios na Redução das Mortalidades Neonatais
Além disso, ao analisar as mortes neonatais, a diferença entre crianças indígenas e não indígenas também se destaca. Enquanto 12,4 bebês indígenas a cada mil nascidos vivos faleceram em 2022, a taxa foi de 8 entre a população não indígena no mesmo período.
A Agenda 2030 estabelece a redução da mortalidade neonatal para pelo menos 12 por mil nascidos vivos. No entanto, essa meta ainda não foi alcançada entre os povos indígenas, evidenciando desafios persistentes nessa área.
O estudo, intitulado ‘Desigualdades em Saúde de Crianças Indígenas’, é o 12º de uma série que aborda questões relacionadas ao desenvolvimento da primeira infância. Realizado em colaboração com quatro pesquisadoras de áreas diversas, o trabalho utilizou informações públicas do Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS para analisar as causas das mortes de crianças indígenas.
Mulheres e crianças indígenas em comunidades como Yanomami enfrentam desafios que refletem a desigualdade presente na sociedade. O estudo destaca a importância de ações concretas para enfrentar essas disparidades e garantir um futuro mais igualitário para as crianças indígenas, preservando suas vidas e garantindo seu desenvolvimento pleno.
Fonte: @ Agencia Brasil
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