Bebê de 6 meses é o primeiro óbito em 3 anos no país, alerta para vacinação e reforça vigilância contra doenças preveníveis.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou hoje a importância da vacinação de gestantes e crianças contra a coqueluche. Essa recomendação foi feita após a triste notícia do falecimento de um bebê de 6 meses, em Londrina, no Paraná, na última quinta-feira (25). Este é o primeiro caso fatal de coqueluche no Brasil em três anos.
A tosse comprida causada pela coqueluche pode ser prevenida com a vacinação adequada. É essencial que a população esteja ciente dos riscos e tome as medidas necessárias para proteger a saúde de todos. A prevenção é a melhor forma de evitar a propagação da coqueluche e garantir a segurança de gestantes, crianças e toda a comunidade.
Orientação para vacinação contra a coqueluche
De acordo com a ministra, o caso não gera um alerta imediato, mas destaca a importância de manter uma vigilância constante em relação a qualquer problema de saúde. Nísia Trindade expressou tristeza pela morte do bebê no Paraná. Ela ressaltou que a coqueluche é uma doença que pode ser prevenida por meio da vacinação e recomendou fortemente a imunização. A ministra afirmou que estarão monitorando de perto e trabalhando para evitar a ocorrência de novos casos. Ela participou de um evento no Rio de Janeiro que abordou o enfrentamento global de pandemias emergentes.
No Paraná, há uma investigação em andamento para determinar se a morte de um bebê de 3 meses, em Irati, no sudeste do estado, está relacionada à coqueluche. Até meados de junho, o estado já havia registrado 24 casos da doença. No ano anterior, foram contabilizados 17 casos. Em nível nacional, o pico epidêmico mais recente ocorreu em 2014, com 8.614 casos confirmados. Tanto o Brasil quanto o mundo têm enfrentado um aumento no número de casos de coqueluche.
A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório, altamente contagiosa. A transmissão ocorre principalmente por meio do contato direto de um indivíduo doente com uma pessoa não vacinada, através de gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar. Os sintomas incluem febre, mal-estar, coriza e tosse seca, que pode ser intensa. Em crianças pequenas, a doença se manifesta com uma respiração característica, como um guincho ou falta de ar.
Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a coqueluche afeta a todos, mas é especialmente preocupante quando ocorre em crianças pequenas, principalmente bebês com menos de um ano, que ainda não completaram seu esquema de vacinação. Ele destaca que a doença costuma apresentar picos de prevalência a cada cinco a sete anos, tanto no Brasil quanto globalmente.
Kfouri explica que as ondas de casos de coqueluche são resultado da falta de imunidade duradoura conferida pela infecção natural e pela vacinação, o que torna certas populações mais suscetíveis à doença em determinados momentos. Ele atribui o recente aumento de casos à cobertura vacinal infantil insuficiente e a mutações na cepa da bactéria Bordetella pertussis, responsável pela coqueluche.
As vacinas contra a coqueluche fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde e são recomendadas não apenas para bebês, mas também para gestantes e puérperas. O esquema vacinal primário para bebês consiste em três doses, administradas aos 2, 4 e 6 meses, utilizando a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b. As doses de reforço são aplicadas com a vacina DTP (contra difteria, tétano e coqueluche), conhecida como tríplice.
Fonte: @ Agencia Brasil
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