Grandes empresas de tecnologia enfrentam escrutínio regulatório enquanto ocupam o assento de observador na governança de startups de chatbot, IA generativa.
A Microsoft desistiu de sua posição de observadora no conselho da OpenAI, após enfrentar escrutínio regulatório em ambos os lados do Atlântico, afirmando que não era mais necessário manter o cargo, uma vez que a governança da OpenAI melhorou consideravelmente nos últimos oito meses. A Microsoft assumiu uma posição de observadora sem direito a voto no conselho da OpenAI, que é responsável pelo chatbot de IA generativa ChatGPT, em novembro do ano passado, quando o CEO da empresa, Sam Altman, reassumiu seu posto.
O assento de observador e o investimento de mais de US$ 10 bilhões da Microsoft na OpenAI geraram preocupações entre os vigilantes antitruste da Europa, Grã-Bretanha e Estados Unidos sobre o nível de controle que a big tech exerce sobre a startup. A presença da Microsoft no conselho da OpenAI permitia participação nas reuniões e acesso a informações confidenciais, embora sem direito de voto em decisões como a eleição ou seleção de diretores. A decisão de se retirar do cargo de observador destaca a evolução da governança da OpenAI e a confiança na direção que a startup está tomando.
OpenAI: Parcerias e Crescimento
A Petrobras e uma gigante norueguesa dos fertilizantes estão avançando em direção a uma parceria estratégica, enquanto a Boeing registrou a entrega de 44 aviões em junho, marcando uma queda de 27% em comparação com 2023. Por sua vez, a Tesla foi designada como carro oficial do governo chinês.
A Microsoft destacou as novas parcerias, a inovação e a crescente base de clientes da OpenAI desde a volta de Altman como motivos para renunciar ao seu cargo de observador. Nos últimos oito meses, houve um progresso significativo no conselho recém-formado, levando a empresa a acreditar na direção da OpenAI. Em uma carta datada de 9 de julho, a empresa fundada por Bill Gates expressou que não considera mais necessário seu papel limitado como observador.
Os reguladores antitruste da União Europeia afirmaram recentemente que a parceria não seria afetada pelas regras de fusão do bloco, pois a Microsoft não controla a OpenAI. No entanto, eles buscarão opiniões de terceiros sobre as cláusulas de exclusividade do acordo. Já os órgãos antitruste do Reino Unido e dos EUA continuam a expressar preocupações sobre a influência da Microsoft na OpenAI e sua independência.
A competição entre Microsoft e OpenAI no mercado de tecnologia de IA para clientes empresariais está se intensificando, com o objetivo de aumentar as receitas e demonstrar independência aos reguladores. Enquanto isso, a Microsoft está ampliando suas ofertas de IA na plataforma Azure e contratou o CEO da Inflection para liderar sua divisão de IA de consumo, em um movimento que sugere uma estratégia de diversificação além da OpenAI.
Fonte: © CNN Brasil
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