Polícia investiga 13-anos se matou por agressões escolares. Violência entre meninos: agressões novas na escola. Encara previamente práticas de bullying, providências imediatas.
No ‘Fantástico’ deste domingo (28), Laura da Silva Ferreira, mãe de João Ferreira Gomes Nazara, falou pela primeira vez sobre a morte do filho, aos 14 anos. Ela relembrou as violências que o adolescente sofreu na escola em que estudava e um relato dele sobre as práticas de perseguição. A polícia está investigando se esses atos foram os responsáveis pela tragédia com João.
Em meio às lembranças dolorosas, Laura desabafou sobre a importância de combater as agressões nas escolas e proteger os jovens. Ela destacou que devemos estar atentos para evitar que casos como o de João se repitam, reforçando a luta contra o bullying e a perseguição. É fundamental criar um ambiente seguro e acolhedor para todas as crianças e adolescentes, garantindo que possam crescer de forma saudável e feliz.
Agressões persistentes na nova escola de Carlinhos
Carlos, um estudante do sexto ano de uma escola pública, tinha uma rotina cheia de atividades que adorava, como dançar break, ir ao sítio e aprender a andar de patins. Sua vida mudou quando começou a estudar na Escola Estadual Julio Pardo Couto, em Praia Grande, litoral de São Paulo.
Michele, a mãe de Carlos, lembra que seu filho costumava ser um garoto doce, sempre jogando no computador, longe das ruas. No entanto, a mudança para a nova escola trouxe consigo uma realidade preocupante. Carlos achou a escola muito diferente da anterior, principalmente devido à violência que presenciava lá. Ele, mesmo sendo o mais alto da turma, queria se fortalecer para proteger os colegas menores dos agressores que atuavam na escola.
Na nova escola, as agressões e perseguições começaram cedo para Carlinhos. Ele relatou à mãe que era proibido entrar no banheiro, pois quem o fazia sofria agressões. Além disso, os colegas o encaravam com olhares hostis e chegaram a cercá-lo em uma mesa, deixando-o desconfortável.
A primeira agressão física ocorreu em 19 de março dentro da escola, por causa de um simples pirulito. Um colega arrancou o doce da mão de Carlos, que pediu de volta e acabou sendo agredido com dois socos no nariz. Ele foi arrastado para o banheiro, onde a violência continuou e foi registrada em vídeo pelos agressores.
Os pais de Carlinhos, ao tomarem conhecimento dos episódios de agressão, procuraram a direção da escola em busca de medidas, mas a situação persistia. O garoto, apesar de querer sair da escola, afirmava que queria ficar para proteger seus amigos menores. Ele se sentia no dever de defender os mais vulneráveis.
A pressão e perseguição enfrentadas por Carlinhos atingiram níveis alarmantes, culminando em um episódio em que dois estudantes o atacaram violentamente dentro da sala de aula, causando dores físicas e emocionais no garoto. Mesmo após buscar ajuda e atendimento médico, a situação de Carlinhos continuava delicada, mostrando a gravidade das agressões que ele vinha sofrendo.
Fonte: @ Hugo Gloss
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