Narges Mohammadi acusa forças iranianas de agressão contra presos: forças de segurança iranianas, presos, mensagem, áudio, testemunhas, sobreviventes, prisões iranianas, repressão, rigoroso código de vestuário, vigilância de vídeo.
A ativista iraniana Narges Mohammadi, conhecida por sua luta pelos direitos das mulheres, e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, está enfrentando um julgamento por acusar as forças de segurança do Irã de agredir sexualmente as detentas, conforme divulgado pela AgênciaAFP hoje (18).
Narges Mohammadi, renomada ativista iraniana e defensora incansável dos direitos das mulheres, está passando por um momento desafiador ao ser julgada por suas denúncias contra as forças de segurança do Irã. Sua coragem e determinação em enfrentar essas acusações refletem sua dedicação à causa em que acredita, demonstrando a importância de sua voz na luta por justiça e igualdade.
Ativista iraniana Narges Mohammadi enfrenta julgamento relacionado à mensagem áudio
Segundo informações da família da detida, o julgamento da renomada ativista pelos direitos das mulheres, a ativista iraniana Narges Mohammadi, está programado para começar no domingo. A acusação está relacionada a uma mensagem áudio que ela compartilhou em abril deste ano com seus apoiadores, diretamente da prisão onde está detida desde o final de 2021. Nessa mensagem, Mohammadi denunciou uma suposta ‘guerra em grande escala contra as mulheres’ na República Islâmica.
O Ministério Público a acusou de ‘propaganda contra o regime’, mas as autoridades judiciais iranianas mantiveram silêncio sobre o assunto até o momento. A família de Narges Mohammadi defende que o julgamento seja público, permitindo que as testemunhas e sobreviventes relatem as agressões sexuais perpetradas pelo regime da República Islâmica nas prisões iranianas contra as mulheres.
Em uma mensagem recente, a ativista e jornalista detida na prisão de Evine, em Teerã, instou as mulheres iranianas a compartilharem em plataformas de mídia social os relatos sobre suas detenções e os abusos sexuais cometidos pelas autoridades. Ela citou o caso de Dina Ghalibaf, uma jornalista e estudante que foi detida após acusar as forças de segurança, nas redes sociais, de tê-la algemado e agredido sexualmente durante uma detenção anterior. Ghalibaf foi posteriormente libertada.
Nas últimas semanas, as forças de segurança iranianas intensificaram a repressão contra as mulheres, especialmente por meio da videovigilância. Desde a Revolução Islâmica de 1979, as mulheres no Irã são obrigadas a seguir um código de vestuário rigoroso, incluindo o uso do véu em locais públicos.
Detida desde novembro de 2021, Narges Mohammadi não tem visto seu marido e os filhos gêmeos, que residem em Paris há vários anos. A ativista, de 52 anos, tem sido alvo de repetidas condenações e prisões ao longo dos últimos 25 anos devido à sua luta contra o uso obrigatório do véu pelas mulheres e a pena de morte. A coragem e a determinação da ativista iraniana Narges Mohammadi continuam a inspirar muitos ao redor do mundo.
Fonte: @ Agencia Brasil
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