A inteligência artificial atual é considerada ‘estreita’, mas princípios para uma nova tecnologia mais avançada ainda não existem.
Recentemente, tem se falado muito sobre a busca pela tão sonhada Inteligência Artificial Geral (IAG), que seria capaz de realizar qualquer tarefa que um ser humano consiga. Empresas do ramo da tecnologia têm investido pesado em pesquisas para desenvolver sistemas capazes de atingir esse patamar de IA Geral, vislumbrando um futuro onde as máquinas possam aprender e se adaptar de forma autônoma.
Mesmo com todo o avanço e investimento na área de IAG, ainda existem muitos desafios a serem superados para que a Inteligência Artificial Geral se torne uma realidade palpável. A complexidade e a imprevisibilidade do comportamento humano são apenas alguns dos obstáculos que os pesquisadores enfrentam ao tentar alcançar esse nível de inteligência nas máquinas. No entanto, a constante evolução da tecnologia nos mostra que a jornada rumo à IA Geral está longe de acabar.
A evolução da Inteligência Artificial Geral
As buscas por termos no Google ou assistentes de voz como a Siri são exemplos de inteligência artificial que estão sendo usadas pelo público há anos. Mas o mundo começou a abrir os olhos para a inteligência artificial a partir de 30 de novembro de 2022, com o lançamento do ChatGPT e suas habilidades quase ‘humanas’ de realizar tarefas.
O ChatGPT consegue redigir artigos em qualquer formato – como cartas, relatórios ou até mesmo poemas -, responder perguntas complexas ou resumir o conteúdo de determinados textos. Outras ferramentas que usam a mesma tecnologia conseguem gerar imagens ou sons novos a partir de ordens expressas dos usuários.
Em um artigo de julho, a revista Nature disse que o ChatGPT conseguiu ‘quebrar o teste de Turing’ – a ideia de uma máquina que consegue interagir com humanos sem que eles percebam que se trata de uma máquina.
Por mais impressionante que seja o ChatGPT – e seus concorrentes que chegaram ao mercado desde então, como o Gemini do Google e o Copilot da Microsoft – quem trabalha desenvolvendo inteligência artificial diz que a humanidade está apenas na infância desta tecnologia.
Até agora todos esses sistemas que citamos nesta reportagem são exemplos de uma mesma categoria conhecida como inteligência artificial ‘estreita’ ou ‘fraca’. Os computadores conseguem ‘imitar’ o comportamento dos humanos para resolver problemas específicos, como gerar um texto ou analisar grandes volumes de dados.
Mas o próximo passo das empresas de tecnologia e cientistas da computação é mais ambicioso. Existe uma corrida para se alcançar o que vem sendo chamado de Inteligência Artificial Geral (IAG) — uma nova geração da tecnologia que virou uma espécie de Santo Graal da indústria.
Expansão dos horizontes tecnológicos
A Inteligência Artificial Geral ainda é uma teoria — na prática ela não existe atualmente. A tecnologia existente hoje permite que computadores realizem tarefas específicas: dirijam um carro, joguem jogos complexos ou respondam perguntas elaboradas.
A Inteligência Artificial Geral aproxima os computadores ainda mais dos humanos, com uma capacidade de usar o conhecimento de forma mais abstrata. ‘Nós temos muita dificuldade de falar sobre essa inteligência artificial geral, porque ainda não conseguimos nem definir exatamente o que é inteligência.
A inteligência artificial seria comparável à humana, mas as máquinas já superam os humanos em muitas atividades’, diz Esther Luna Colombini, professora do Instituto de Computação da Unicamp. ‘Elas fazem cálculos…
Fonte: © G1 – Tecnologia
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