Terroristas exigem cessar-fogo em Gaza, mediadores tentam negociações, Israel rejeita as exigências.
O grupo terrorista Hamas comunicou aos mediadores nesta sexta-feira (15) que estão considerando a possibilidade de uma trégua na batalha contra Israel, de acordo com informações da AFP.
A trégua é vista como uma oportunidade para diminuir a escalada de violência na região e buscar um caminho para a paz.
Para que o acordo de trégua seja efetivo, é crucial que ambas as partes estejam dispostas a dialogar e a se comprometer com o cessar-fogo. A comunidade internacional tem pressionado por uma solução pacífica e duradoura para o conflito, que já dura décadas.
O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a proposta do grupo terrorista, dizendo que é baseada em ‘exigências não realistas’, sinalizando que um acordo ainda está distante.
(Leia mais abaixo) O acordo apresentado inclui a entrada de ajuda humanitária aos palestinos em Gaza, o retorno dos habitantes a suas casas e a retirada das forças israelenses da região.
Em comunicado, o grupo terrorista disse que também incluiu na proposta uma posição sobre libertar reféns israelenses, sob seu poder desde 7 de outubro e que motivam a ofensiva de Benjamin Netanyahu, mas não deu mais detalhes.
Negociações mediadas por acordo de trégua
Diplomatas dos EUA, Egito e Catar lideram as negociações para um acordo de troca de reféns entre Israel e Hamas. Nos últimos meses, estão em constante vai e vem de encontros e conversas com representantes das duas partes envolvidas no conflito para tentar avançar nas possíveis soluções.
Segundo autoridades dos países mediadores, um novo cessar-fogo na guerra estaria próximo no final de fevereiro. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que estava negociando com as partes e que esperava um acordo em breve, mas o Hamas rebateu afirmando que ‘ainda há grandes diferenças que precisam ser superadas.
Acordo de trégua em discussão
A rede Al Jazeera divulgou que Israel teria aceitado trocar 400 prisioneiros palestinos por 40 mulheres e idosos que ainda estão sob poder do Hamas em Gaza. Essa seria uma das propostas discutidas para tentar chegar a um consenso e estabelecer uma trégua entre as partes envolvidas no conflito.
Além disso, a nova trégua também contemplaria uma pausa de 40 dias nas operações militares em ambos os lados. Infelizmente, o clima de trégua se dissipou após a morte de mais de 100 palestinos na Faixa de Gaza durante distribuição de ajuda humanitária. O Hamas acusou os soldados israelenses, enquanto o exército de Israel afirmou que houve ’empurrões e correria’, resultando em mortos e feridos.
Esforços da comunidade internacional
A comunidade internacional está pressionando por respostas de Netanyahu e de todas as partes envolvidas para que um acordo de trégua seja alcançado. Até o momento, a primeira e única trégua na guerra entre Hamas e Israel ocorreu em novembro de 2023, durando sete dias e resultando na libertação de mais de 100 reféns, incluindo 39 israelenses, em troca da soltura de 240 prisioneiros palestinos por Israel.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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