Possível greve servidores 11 agências reguladoras expõe sucateamento setor, ameaça bloquear setor produtivo, de voos a exportações.
Uma greve por aumento de salários de funcionários públicos de 11 agências reguladoras alcançou em um mês dois feitos notáveis. Um deles foi envolver grande parte do setor produtivo, preocupado com a ameaça de uma greve da categoria. O outro foi revelar o nível de deterioração das agências, fundamentais para impulsionar o país.
A mobilização dos servidores federais gerou impacto significativo, levando a uma paralisação temporária das atividades em algumas agências. Esse movimento demonstrou a importância de valorizar o trabalhador e investir na estrutura necessária para o bom funcionamento dos órgãos reguladores. A greve serviu como alerta para a necessidade de melhorias urgentes no sistema, visando garantir serviços de qualidade à população.
Greve nas Agências Reguladoras: Sinagências em Movimento
As agências reguladoras desempenham um papel crucial na criação de leis, na formalização de contratos públicos e na definição de normas técnicas de produtos. Além disso, são responsáveis por supervisionar concessões e fiscalizar se os setores sob sua responsabilidade estão cumprindo as normas estabelecidas, aplicando multas quando necessário. Essas instituições desempenham um papel fundamental no setor produtivo do país, com um impacto significativo em diversos segmentos da economia.
O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) iniciou recentemente uma mobilização em prol da valorização e reestruturação das carreiras dos mais de 11 mil servidores que compõem essas agências. A categoria rejeitou uma proposta de reajuste salarial do governo, buscando melhores condições salariais e de trabalho.
Os servidores reivindicam não apenas melhores salários, mas também a equiparação do Ciclo de Gestão, visando elevar os salários iniciais de nível superior. A demanda por melhores condições de trabalho é uma preocupação constante, considerando o sucateamento das agências e a falta de pessoal qualificado para atender às necessidades do setor.
O presidente da Sinagências, Fabio Rosa, destaca a urgência da situação, ressaltando que o quadro de pessoal das agências não acompanhou o crescimento da demanda por serviços nos últimos anos. Com mais de 65% dos cargos desocupados, as agências enfrentam desafios significativos para garantir a eficiência de suas operações.
Diante da falta de avanços nas negociações, os servidores adotaram uma operação-padrão como forma de pressionar por suas demandas. Essa estratégia inclui ações como a liberação de documentos no último dia do prazo legal, impactando diretamente as operações de diversos setores da economia. O temor de uma paralisação das agências tem gerado preocupações no setor produtivo, que depende do trabalho regulatório dessas instituições para manter suas atividades.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Henrique de Saboia, alertou para os possíveis impactos de uma greve da agência, destacando a importância de suas operações para setores como a importação de combustíveis. A mobilização dos servidores das agências reguladoras reflete a necessidade de valorização e fortalecimento dessas instituições, que desempenham um papel fundamental na garantia da segurança e qualidade dos serviços prestados à população.
Fonte: @ NEO FEED
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