Inflação passada e esperada, núcleo de preços, setoriais e meta determinam juros e termos: trajetória, descendentes ou acumulados em 12 meses, média das expectativas especialistas, oscilação menor em ciclos de alta inflação, linha verde ou escondida, apurada junto aos indicadores.
Nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central (BC) tem ressaltado que a inflação está em queda.
Além disso, o índice de preços tem se mantido estável, refletindo a política de controle do BC em relação aos preços.
Períodos acumulados de inflação e a trajetória descendente dos índices de preços
Desde outubro de 2020 até o momento atual, a inflação tem sido um tema central, principalmente quando medida em períodos acumulados de 12 meses. Essa análise revela que os preços têm mantido uma taxa acima da meta estabelecida, o que tem gerado preocupações. No entanto, ao longo do tempo, essa trajetória tem sido descendente, buscando se alinhar com a meta de inflação perseguida pelo Banco Central.
A evolução dos índices de preços é representada de forma visual por meio de linhas em um gráfico. A linha tracejada mostra a inflação ao longo do tempo, enquanto a linha verde ilustra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Essas representações visuais permitem uma análise mais clara da variação dos preços em períodos de 12 meses.
Ao clicar nos nomes da legenda, é possível lançar ou esconder as linhas, facilitando a visualização da oscilação dos índices de preços. Por exemplo, o IPCA atingiu uma baixa de 1,88% em maio de 2020, subiu para 12,13% em abril de 2022, e posteriormente caiu para 3,16% em junho de 2013, ficando abaixo da meta estabelecida.
No entanto, a inflação voltou a subir, alcançando 3,69% no período de maio de 2023 a abril de 2024. Além do IPCA, o Banco Central também monitora o núcleo da inflação, conhecido como Núcleo EX1, que busca captar a média das expectativas dos especialistas em relação aos preços.
O Núcleo EX1, representado pela linha laranja no gráfico, apresenta uma oscilação menor em comparação com o IPCA. Durante o ciclo de alta da inflação, a variação em 12 meses do IPCA sempre esteve acima do Núcleo EX1. Por exemplo, em junho de 2022, o IPCA registrou 11,89%, enquanto o Núcleo EX1 teve alta de 9,70%.
No entanto, durante o período de queda da inflação a partir de agosto de 2022, a situação se inverteu, com o Núcleo EX1 ficando acima do IPCA. Em abril de 2024, ambos os valores estavam acima da meta de inflação, com o Núcleo EX1 em 3,83% e o IPCA em 3,69%.
Além disso, o Banco Central acompanha de perto as expectativas para a inflação em períodos futuros, conforme apurado junto aos especialistas. A linha azul escuro do gráfico mostra a evolução da mediana das expectativas para a inflação 12 meses à frente.
Comparando as linhas de expectativa de inflação com o IPCA, observa-se que as projeções para o futuro são mais estáveis do que a inflação passada. No entanto, é importante notar que, em alguns momentos, as expectativas ficaram acima da meta estabelecida, indicando desafios futuros a serem enfrentados.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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