Ministro promoveu acordo de cooperação em tributação internacional, com taxação progressiva de super-ricos para pagamento proporcionalmente maior.
O secretário da Economia, João Silva, revelou que a pauta de economia do G20 alcançou um entendimento para um comunicado final após o encontro de ministros da economia e presidentes de bancos centrais nesta semana em São Paulo. Adicionalmente, foi estabelecido um pacto de colaboração em tributação global e um documento da liderança brasileira sobre assuntos geopolíticos do G20.
No segundo parágrafo, a discussão sobre finanças do G20 foi crucial para o avanço das negociações. A cooperação entre os países membros em questões financeiras fortalece a estabilidade econômica global e promove um diálogo aberto e construtivo. A reunião foi um marco na busca por soluções conjuntas para desafios financeiros internacionais.
G20: Destaque para a Tributação de Super-Ricos
Haddad enfatizou que há diversas menções explícitas sobre a taxação de super-ricos, proposta da presidência brasileira no G20. Alguns países, no entanto, resistem à taxação de super-ricos, mas foi possível chegar a um acordo em favor de uma tributação progressiva, que implica em um pagamento proporcionalmente maior de impostos entre os mais ricos e menor entre os mais pobres.
Comunicado Conjunto da Trilha Financeira do G20
O comunicado do G20 é considerado uma grande conquista da diplomacia brasileira. Serão emitidos dois documentos de consenso, a declaração final e o acordo de cooperação, e um terceiro texto da presidência brasileira sobre questões geopolíticas. O comunicado destaca o combate à pobreza, desigualdade e inclui várias menções explícitas sobre a taxação de super-ricos, representando um avanço significativo.
Próximos Passos do Brasil no G20
Haddad afirmou que o Brasil buscará o compromisso da próxima presidência do G20, que será assumida em dezembro pela África do Sul, em relação ao estudo da taxação de ultraricos. Ele ressaltou que o debate não será definido por um governo específico e que a direção da proposta permanece inalterada, mesmo que Donald Trump vença as eleições nos EUA.
Desafios da Tributação de Ultra Ricos
O ministro brasileiro destacou que a tributação de ultra ricos é uma mudança de conceito sem precedentes. Ele acredita que a pressão e mobilização social em torno dessa agenda devem aumentar. Haddad mencionou o acordo da OCDE sobre o Imposto Mínimo Global (GMT) e como a proposta brasileira de taxar os ultra ricos se encaixaria como um Pilar 3 da organização.
Implicações da Proposta Brasileira no Contexto Internacional
Haddad também abordou o impasse do Pilar 1 da OCDE, relacionado à taxação de multinacionais, e como isso pode afetar a adoção de uma lei nacional sobre o assunto no Brasil. Ele ressaltou a importância de os países agirem individualmente caso não haja avanços significativos em nível global. A tributação dos ultra ricos, apesar de demandar tempo, é vista como uma medida urgente para garantir a justiça fiscal.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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