O terceiro personagem de “Minha Medalha” no Esporte Espetacular é o bicampeão olímpico e seis vezes campeão, buscando revanche contra os invictos. Apresentando imponência, coragem, resiliência e camaradaria. Pontos-de-partida: ser-um-olímpico-campeão.
Por trás de cada troféu olímpico, há uma disputa que fica marcada na memória dos torcedores e dos atletas. Para a equipe masculina de futebol, o momento mais marcante da vitória em Pequim 2008 foi o jogo contra a Argentina na final. Depois de um empate no tempo regular, o Brasil venceu nos pênaltis e conquistou o ouro inédito.
Enquanto alguns encontros são decididos nos últimos segundos, outros se tornam memoráveis pela superação. Na confrontação contra a Alemanha na semifinal, a seleção de basquete masculino mostrou toda sua garra e venceu por uma diferença mínima de pontos. Foi uma partida emocionante que ficará para sempre na história do esporte nacional.
Jogo Inesquecível de Fabiana Alvim na Carreira
Para Fabiana Alvim, a Fabi, aquele foi o jogo mais incrível que ela vivenciou em sua carreira. Neste domingo, o quadro ‘Minha Medalha’, do Esporte Espetacular, trouxe de volta esses momentos especiais da líbero em Londres no vôlei feminino.
Na partida contra a Rússia, em Londres, a seleção brasileira entrou em quadra ciente de seu histórico desfavorável contra as adversárias. Havia sofrido derrotas na semifinal dos Jogos de Atenas e nos Mundiais de 2006 e 2010. Nas Olimpíadas de 2012, a revanche veio nas mãos de Fabi, Sheilla, Dani Lins, Fernanda Garay e outras jogadoras que se tornaram ícones no esporte.
– Muitos confundem esse jogo como se fosse a final. Tinha uma história anterior, né. Havia uma questão de perder para elas em campeonatos mundiais. Existia uma rivalidade, uma provocação. Elas estavam invictas, vindas do outro grupo e cheias de confiança. A forma como elas conduziam o jogo estava funcionando muito bem. Eu imagino que, para elas, passamos a imagem de que o Brasil não estava em um bom momento. O que não era mentira. No entanto, era uma partida eliminatória. Havia esse fator, essa pressão. É sobre perder e ir para casa – disse Fabi.
Quando o confronto teve início, a Rússia não aliviou a pressão. Partiu com tudo para cima do Brasil e abriu dois sets a um. Nesse momento, era tudo ou nada. Era preciso virar a partida ou encarar a eliminação sem medalha.
– Jogamos com toda a nossa imponência de ser um campeão olímpico. Eu não esperava que esse jogo tomasse o rumo que tomou. Entre os seis pontos-de-partida que a Rússia teve, Dani Lins conseguiu manter a calma no momento mais difícil e passar a bola para Thaisa. Todos esperavam que a bola fosse para Sheilla. Somente ela pode explicar essa escolha. Thaisa atacou praticamente sem bloqueio – recordou Fabi.
Assim começou a jornada da seleção brasileira de vôlei feminino em direção ao bicampeonato olímpico. Foi um daqueles jogos impressionantes, e as atletas do Brasil demonstraram resiliência, coragem e camaradagem dentro de quadra para avançar às semifinais. Mais duas vitórias – contra o Japão na semifinal e os Estados Unidos na final – e as brasileiras conquistaram a medalha de ouro pela segunda vez na história do esporte. A primeira foi nas Olimpíadas de Pequim em 2008.
– Às vezes me pergunto como joguei sob essa pressão. Como consegui executar os fundamentos do vôlei nesse jogo, em particular. Não tenho dúvidas de que foi o jogo mais incrível que vivenciei no esporte. Às vezes esquecem que jogamos a semifinal contra o Japão. Há quem não se lembre que a final foi contra os Estados Unidos, porque esse jogo contra a Rússia marcou – continuou Fabi.
Fabi foi fundamental para a seleção bicampeã olímpica. Hoje, o jogo contra a Rússia continua sendo lembrado como um marco na história do vôlei brasileiro.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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