Chegada de novos tipos de investimento nos EUA impulsionou a valorização do bitcoin para recordes, devido à forte demanda por esse produto de investimento.
Vistos como uma opção interessante para quem está ingressando no mundo dos ativos digitais, os ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) com foco em criptomoedas têm conquistado cada vez mais espaço no mercado financeiro brasileiro.
Além disso, os ETFs compostos por cestas diversificadas de criptomoedas se destacam como uma alternativa atrativa para investidores em busca de maior segurança e variedade em suas carteiras de investimento.
ETFs: Produto de Investimento em Alta Demanda
Ainda que acompanhem a intensa volatilidade intrínseca a esse mercado, esse tipo de produto regulado proporciona maior segurança – o que, nesse contexto, é um excelente argumento de venda. Os ETFs de índice são um tipo de produto de investimento que tem ganhado cada vez mais destaque no cenário financeiro global. Depois de anos de embate regulatório, os ETFs de bitcoin chegaram aos Estados Unidos em janeiro e levaram a maior cripto em valor de mercado a um novo recorde de preço, registrado em março, de US$ 73.700. A forte demanda de investidores por lá, principalmente os institucionais, gerou uma valorização de mais de 60%, ao final do primeiro trimestre do ano.
ETFs: Crescimento e Valorização no Mercado Brasileiro
O reflexo desse movimento no Brasil, que já tinha esse tipo de produto de investimento desde 2021, foi sentido com um aumento expressivo do número de cotistas nos 12 ETFs listados na B3, a bolsa de valores brasileira. O segundo trimestre do ano, no entanto, foi marcado por uma queda generalizada, com a principal criptomoeda em valor de mercado perdendo cerca de 10%. Ainda assim, manteve rentabilidade positiva e os cotistas também mantiveram suas posições. O ano de 2023 terminou com cerca de 210 mil cotistas em ETFs de criptos e, ao final de julho passado, chegaram a quase 230 mil.
ETFs: Diversificação e Inovação no Mercado Financeiro
O número médio de negócios diários ultrapassa os 16 mil, com um giro financeiro de R$ 49 milhões, sendo mais da metade liderado pelo HASH11, o primeiro ETF de criptos do mundo, composto por uma cesta variada de ativos, lançado pela gestora brasileira Hashdex, em agosto de 2021. Na semana passada, o mercado brasileiro saiu na frente mais uma vez com o lançamento de um ETF de solana, criptomoeda da rede blockchain de mesmo nome, que está crescendo no ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi), com o desenvolvimento de contratos inteligentes.
ETFs: Expansão e Reconhecimento Internacional
Os chamados smart contracts, em inglês, são aplicativos autoexecutáveis que contêm todas as definições e condições de contratos financeiros que estão substituindo documentos tradicionais, como de empréstimos e de compra e venda de ativos reais, como imóveis. A QR Asset Management, gestora responsável pelo primeiro ETF de bitcoin ‘puro’, lançado em 2021, conseguiu a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para colocar no mercado o QSOL11, que passará a ser negociado na B3 no final do mês. ‘Com a aprovação do novo ETF de solana, o Brasil, novamente, sai na vanguarda’, ressalta Renato Nobile, gestor da Buena Vista Capital.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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