Mulheres negras têm mais risco de morrer por disparos de armas de fogo do que mulheres brancas.
Em dez anos, os homens negros foram vítimas de violência letal quatro vezes mais do que os brancos, de acordo com uma pesquisa do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e do Instituto Çarê. O estudo examinou as taxas de internações e mortalidade por agressões entre 2012 e 2022, destacando a disparidade racial nas estatísticas de violência.
A violência generalizada contra a população negra é um problema alarmante que precisa ser urgentemente enfrentado. Os dados revelam a gravidade da situação e a necessidade de políticas eficazes para combater a violência e proteger vidas. É essencial promover a igualdade e a justiça para reduzir as estatísticas de violência e garantir um futuro mais seguro para todos.
Impacto da Violência na População Negra
De acordo com o levantamento recente, um total de 10.764 homens negros foram vítimas de disparos de armas de fogo em espaços públicos no ano de 2022, em contraste com 2.406 homens brancos em situação semelhante. Esses dados evidenciam as desigualdades estruturais profundamente enraizadas no país.
A violência, em suas diversas formas, atinge de maneira desproporcional a população negra. Não se restringe apenas à violência letal, que resulta em mortes, mas também se manifesta de forma generalizada, contribuindo para um maior número de internações em comparação com a população branca. A realidade é alarmante e exige ações urgentes para reverter esse cenário.
Agressões e Violência Letal
Rony Coelho, pesquisador do instituto, destaca que as estatísticas revelam não apenas as agressões físicas, mas também a violência letal que assola a comunidade negra. As taxas de violência são alarmantes, refletindo a urgência de medidas efetivas para proteger essa parcela da população.
As mulheres negras também enfrentam um cenário preocupante, com 629 mortes registradas em 2022, em comparação com 207 mulheres brancas. A disparidade é evidente, com as mulheres negras sendo três vezes mais vulneráveis à violência em relação às mulheres brancas.
Desafios e Perspectivas
Os jovens negros, especialmente na faixa etária de 18 a 24 anos, são as principais vítimas da violência, conforme apontado no período de 2010 a 2021. A discrepância racial persiste em diversas faixas etárias, diminuindo apenas a partir dos 45 anos.
Para reverter esse quadro alarmante, os pesquisadores enfatizam a importância de garantir um acesso equitativo à educação, saúde, justiça social e segurança pública. A proteção da população negra contra a violência e suas consequências devastadoras requer um esforço conjunto e contínuo de toda a sociedade.
Fonte: @ Agencia Brasil
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