Relacionamento por interesse gourmetizado: por que essa novidade no mercado?
Nos últimos dias, quando me deparei com o termo hipergamia pela primeira vez, confesso que fiquei intrigado. A ideia de que as pessoas possam ter preferências tão específicas na hora de escolher um parceiro é fascinante.
É interessante como o comportamento seletivo pode influenciar as relações interpessoais. A hipergamia revela uma faceta da sociedade que nem sempre é discutida abertamente, mas que certamente impacta a forma como nos relacionamos uns com os outros.
Hipergamia: Comportamento Seletivo e suas Implicações Sociais
O sufixo ‘gamia‘ me levou diretamente para o universo da monogamia, que é o relacionamento com um único parceiro ou parceira, e da poligamia, o relacionamento com vários seres humanos ao mesmo tempo. Dentro dessa linha de raciocínio, a hipergamia seria, na minha mente, alguém que busca se relacionar com o maior número possível de pessoas, sem receios. Mas a realidade é outra. Ao pesquisar mais sobre o assunto, descobri que o ‘hipergâmico’ é, essencialmente, um monogâmico com preferências específicas e bastante seletivas. Em geral, praticar a hipergamia significa escolher se relacionar com indivíduos que possuem mais recursos financeiros e/ou poder do que você, um comportamento que não apresenta novidades significativas.
No entanto, a prática da hipergamia tem suas raízes em tempos passados, onde os casamentos eram frequentemente arranjados em troca de dotes, que consistiam em bens materiais transferidos da família do noivo para a família da noiva. Esses dotes eram vistos como uma forma de garantir a segurança financeira da mulher e de sua família. Em épocas antigas, os dotes eram comuns e aceitos socialmente, mas hoje em dia são vistos como práticas arcaicas e desumanas.
Mesmo no mundo do entretenimento, como o cinema e as produções audiovisuais, a representação de casamentos por interesse é cada vez mais rara, refletindo a mudança de valores e normas sociais ao longo do tempo. A ideia de atribuir um valor monetário a uma pessoa, como era feito com os dotes, é considerada abominável nos dias atuais.
A prática de casamentos por interesse era baseada em benefícios financeiros e sociais, onde as mulheres muitas vezes eram vistas como uma forma de garantir mão de obra doméstica ou antecipar heranças. No entanto, essa abordagem é amplamente rejeitada na sociedade contemporânea, onde a decisão de se relacionar com alguém deve ser baseada em sentimentos genuínos, e não em interesses materiais.
A hipergamia, como um comportamento seletivo, pode ter suas raízes em práticas antigas, mas a evolução dos valores sociais e a busca por relacionamentos mais autênticos e significativos têm contribuído para a rejeição de práticas como os casamentos por interesse. A valorização do amor e da conexão emocional tem prevalecido sobre considerações financeiras, demonstrando uma mudança significativa nas normas sociais e nos padrões de relacionamento.
Fonte: © CNN Brasil
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