Livro didático de Fundamentos de Segurança e Defesa da Pátria será usado em matéria ministrada por ex-soldados na Rússia e Ucrânia. Novo livro da Editora aborda ataques de foguetes nazistas e desinformação.
Diante do aumento das tensões geopolíticas, a China anunciou investimentos significativos em seu programa de modernização militar. Com a crescente preocupação com Guerra, o governo chinês pretende expandir suas operações militares e fortalecer suas defesas em todo o território nacional.
Essa decisão vem em meio a um cenário global cada vez mais instável, com Conflitos armados em diversas regiões do mundo. As potências internacionais têm se preparado para possíveis Confrontos bélicos, intensificando seus treinamentos e adotando medidas preventivas para garantir a segurança de seus cidadãos e territórios.
A Guerra contra o, Conflito Armado Ucraniano
👉🏾 A BBC obteve acesso a uma cópia do mais recente livro didático sobre o tema e realizou uma análise minuciosa de suas 442 páginas. Dentro do exemplar, estão presentes narrativas distorcidas do Kremlin sobre o confronto bélico com a Ucrânia, além de incentivar os estudantes a se juntarem ao Exército.
A disciplina ‘Fundamentos de Segurança e Defesa da Pátria‘ passará a ser lecionada semanalmente, substituindo a disciplina de longa data ‘Fundamentos de uma Vida Segura’ em todas as instituições de ensino do país e em cinco regiões ucranianas ocupadas pela Rússia. A expectativa é que ex-militares atuem como professores dessa nova matéria.
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‘Planejamos aprimorar a estrutura inicial de treinamento militar visando torná-la mais atrativa e atualizada’, afirmou Sergei Kravtsov, ministro da Educação da Rússia.
O primeiro livro didático da nova disciplina, intitulado ‘O Exército Russo em Defesa da Pátria’, foi publicado pela ‘Enlightenment’, editora educacional proeminente no país.
A editora organizou uma apresentação online para professores em janeiro, assistida pela BBC. Durante o evento, Olga Plechova, representante da editora, ressaltou a importância de apresentar os conteúdos sob a perspectiva russa, sem permitir opiniões alternativas serem propagadas aos alunos.
As Conquistas Heroicas dos Soldados Russos
A BBC teve acesso a uma cópia de ‘O Exército Russo em Defesa da Pátria’. As páginas do livro estão repletas de relatos que enaltecem as façanhas dos soldados russos, abrangendo desde o século 13 até os dias atuais.
Os autores do livro elogiam o ditador soviético Joseph Stalin, celebram as vitórias do povo soviético durante a ‘Grande Guerra Patriótica’ e destacam o papel das forças armadas russas na reunificação da Crimeia com a Rússia.
Um capítulo específico da obra aborda a chamada ‘operação militar especial na Ucrânia’, conforme a terminologia utilizada pelo Kremlin para descrever a invasão em larga escala. Os autores apresentam informações distorcidas sobre os eventos, incluindo alegações falsas sobre ataques de foguetes nazistas em cidades ucranianas.
Segundo o conteúdo do livro didático, a Ucrânia e a OTAN estariam por trás do início da guerra, citando eventos específicos como a conferência de Munique em 2022. Contudo, analistas políticos ucranianos contestam essas afirmações, caracterizando-as como desinformação e mentiras.
Da Sala de Aula para o Campo de Batalha
Outra seção de ‘O Exército Russo em Defesa da Pátria’ oferece uma análise detalhada da estrutura das Forças Armadas da Rússia. A obra passa a defender com mais enfase a importância do alistamento militar para maiores de 18 anos, fornecendo informações sobre os procedimentos, documentação necessária e os benefícios associados.
O livro também aborda as possíveis restrições para aqueles convocados que não comparecerem ao local de alistamento, como a recusa de crédito e a proibição de dirigir veículos. Especialistas alertam para a influência que essa obra pode exercer sobre os jovens dos territórios ocupados, como a Crimeia e Donbas, incentivando-os a se alistar nas forças armadas russas.
Dessa forma, o novo livro didático pode contribuir significativamente para a mobilização de reservas na Rússia e em territórios ocupados, como apontado por Olha Skrypnyk, do Crimean Human Rights Group.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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