Amostra lunar pode otimizar produção de substância por ótica em camadas finas.
Pesquisadores descobriram, em uma análise de solo marciano, vestígios de grafeno originados de maneira espontânea no universo.
Essa substância extraordinária, o grafeno, é conhecida por suas propriedades únicas e promissoras aplicações em diversas áreas da ciência e tecnologia.
A descoberta do composto de ferro ligado à formação de grafeno
A partir desta análise, é viável identificar maneiras mais econômicas de produzir a substância que está ganhando destaque por sua capacidade na óptica, elétrica e mecânica, e ampliar sua utilização. Em uma amostra em formato de azeitona, coletada em uma missão chinesa de 2020, os pesquisadores observaram um composto de ferro que está associado à formação de grafeno. Ao examinar esse fragmento, eles identificaram flocos com duas a sete camadas da substância — a comunidade científica sugere que até 1,9% do carbono interestelar exista nessa forma. A descoberta foi documentada em um estudo divulgado na National Science Review e os cientistas conjecturaram que a formação do grafeno pode ter ocorrido por meio de atividades vulcânicas no início da existência da Lua, como resultado de ventos solares atuando no solo lunar transformando as estruturas dos átomos de carbono ou pelo impacto de meteoritos que aumentam a temperatura e a pressão do ambiente.
A importância da formação natural de grafeno catalisada por minerais
A formação de grafeno natural catalisada por minerais lança luz sobre o desenvolvimento de técnicas de síntese escalável de baixo custo para grafeno de alta qualidade, afirmaram os pesquisadores em um comunicado à imprensa. Portanto, um novo programa de exploração lunar pode ser promovido, e alguns avanços iminentes podem ser esperados.
O que é o grafeno?
O grafeno é constituído por uma camada de átomos de carbono dispostos em um padrão hexagonal — semelhante a um favo de mel. Sua descoberta ocorreu em 2004, pelos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov da Universidade de Manchester, no Reino Unido, resultando no Prêmio Nobel de Física de 2010. Assim como o diamante e o grafite — que também são variações da disposição do carbono — o grafeno é reconhecido por possuir alta condutividade elétrica e térmica, ser transparente, elástico e flexível. Com essas propriedades, é viável dobrá-lo e esticá-lo sem perder suas características. O grafeno tem sido empregado em aplicações na indústria da óptica, da eletrônica, da mecânica, da energia, dos sensores, da medicina, entre outros.
Fonte: © CNN Brasil
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