Pablo Lagos e Antonia Rojas destacam resiliência latino-americana, mas apontam necessidade de ambiente colaborativo para região se tornar berço de startups com valuation bilionário.
A América Latina tem apresentado um crescimento significativo no mercado de startups ao longo dos últimos anos. Já foram criados mais de 45 unicórnios na região, sendo o Brasil responsável por 24 deles. Esse número mostra a força e a evolução do ecossistema empreendedor na América Latina, que tem atraído cada vez mais investidores e empreendedores de todo o mundo.
Além disso, a região latino-americana vem se destacando não apenas pela quantidade de unicórnios, mas também pela diversidade de setores em que essas startups atuam. Com ecossistemas inovadores e empreendedores talentosos, a América Latina tem se consolidado como um polo de inovação e tecnologia, atraindo cada vez mais atenção global. O futuro promissor da região garante que ainda veremos muitos outros negócios bilionários surgindo nos próximos anos.
A diferença entre os ecossistemas de startups na América Latina e no Vale do Silício
Ainda que os números não pareçam muito distantes, há um gap considerável entre os dois ecossistemas de startups na região. As diferenças vão desde a dificuldade para captar recursos em estágios mais avançados do negócio até a forma como os problemas são encarados pelos empreendedores.
Desafios enfrentados pelos empreendedores na América Latina
No comando da operação latino-americana da Picus Capital, gestora early stage que já investiu em startups como BHub e Caju, Pablo Lagos afirma que a América Latina precisa se desvincular da necessidade de capital externo. Segundo ele, quando esses mercados estão em crise, ninguém consegue levantar capital.
A importância da resiliência dos empreendedores na América Latina
Lagos também destaca a diferença na forma como os empreendedores são encarados pelo mercado de venture capital na América Latina em relação ao Vale do Silício. Ele ressalta que é preciso uma mudança de mindset para que a região possa construir soluções massivas e alcançar um valuation bilionário.
A cultura colaborativa e a resiliência na América Latina
Para Antonia Rojas, managing partner da Attom Capital, gestora mexicana que já investiu em negócios como Clara e Xepelin, há una concentração maior de talentos em São Francisco. Na América Latina, existem hubs, como em São Paulo e na Cidade do México, mas é preciso um ambiente mais colaborativo como o encontrado no Vale do Silício. A resiliência dos empreendedores também é um ponto positivo na região.
Os desafios e oportunidades para o mercado latino-americano de startups
Rojas destaca que a região carece de sofisticação no mercado de startups, necessitando de mais venture debt, consolidação dos M&As e maior atenção com as rodadas secundárias. A gestora acredita que ainda há espaço e oportunidades para crescer e se desenvolver no ambiente empreendedor da América Latina.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo