Bandeira verde em agosto: contas de luz sem custo extra devido às condições favoráveis nos reservatórios de energia no Brasil.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou que a bandeira tarifária de energia elétrica para setembro permanecerá verde. Com isso, os consumidores não terão aumento na conta de luz no mês seguinte.
Essa medida reflete uma boa perspectiva na geração de energia, garantindo estabilidade nos custos de consumo de energia. Os brasileiros poderão desfrutar de um alívio financeiro sem preocupações com surpresas desagradáveis na conta de luz.
Condições Favoráveis para a Geração de Energia Elétrica no Brasil
Segundo a Aneel, as condições favoráveis para a geração de energia elétrica no país permitem a adoção da bandeira verde, sem cobrança adicional. Em julho, a bandeira tarifária estava amarela, com um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos, devido à previsão de chuvas abaixo da média e ao aumento esperado no consumo de energia. O sistema de bandeiras tarifárias, criado pela Aneel em 2015, indica aos consumidores os custos de geração de energia no Brasil. O acionamento de cada bandeira é calculado com base no risco hidrológico e no preço da energia.
As bandeiras funcionam da seguinte maneira: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos, sendo a bandeira vermelha a de maior custo, e a verde, sem custo extra.
Análise dos Reservatórios de Energia Hidrelétrica
Para entender melhor a situação, vamos analisar os dados dos subsistemas de energia hidrelétrica no Brasil, focando nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, que influenciam diretamente nas tarifas de energia.
Subsistema Sudeste/Centro-Oeste
EAR Atual: 63,25% (nível moderado)
Principais Bacias e Reservatórios:
– Bacia do Grande: M.Moraes (73,82%), Furnas (63,20%), Marimbondo (40,25% – nível baixo)
– Bacia do Paraíba do Sul: Paraibuna: 80,64% (bom nível)
– Bacia do Paraná: I.Solteira: 87,97% (excelente nível)
– Bacia do Paranaíba: São Simão (73,19%), Itumbiara (64,72%), Serra do Facão (23,67% – nível crítico)
– Bacia do Paranapanema: Jurumirim: 26,76% (nível preocupante)
– Bacia do Tietê: Três Irmãos: 88,05% (bom nível)
– Bacia do Tocantins: Serra da Mesa: 71,02% (nível razoável)
Subsistema Sul
EAR Atual: 91,20% (excelente nível)
Principais Bacias e Reservatórios:
– Bacia do Iguaçu: G.B.Munhoz: 97,18%, Salto Santiago: 87,26% (excelentes níveis)
– Bacia do Jacuí Passo Real: 86,22% (bom nível)
– Bacia do Uruguai: São Roque (105,72%), Campos Novos (98,20%), Machadinho (97,13%) (níveis excepcionalmente altos)
Com um armazenamento atual de 63,25%, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresenta uma situação mista: enquanto alguns reservatórios estão relativamente bem abastecidos, outros mostram níveis mais baixos. Isso pode exigir um gerenciamento mais atento da geração de energia. Além disso, as cheias no Sul, com um armazenamento excelente de 91,20%, são particularmente importantes, garantindo uma oferta estável de energia e reduzindo a dependência de usinas termelétricas mais caras.
Fonte: @ Terra
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